16 de setembro de 2011

HOMENAGEM - GILSON RANGEL ROLIM

HOMENAGEM MÊS DE SETEMBRO/2011




O FOCUS, orgulhosamente traz para você, como homenageado do mês de Setembro, um dos maiores escritores e poetas da intelectualidade Fluminense, Gilson Rangel Rolim. Veja a matéria sobre este tão ilustre e nobre Escritor, e comprove o porquê, que este Portal e o mundo literário se orgulham tanto.







Gilson Rangel Rolim




PESSOAL


Nascido em 13 de abril de 1929, na cidade de Mimoso do Sul, ES, filho de Lauro de Azevedo Rolim e Maria Izabel Rangel Rolim. Deixou a cidade natal aos dois anos, seguindo para a localidade de Chave de Santa Maria, no município de Campos. Em 1934 veio para Niterói, onde permaneceu até 1939. De janeiro de 1940 a agosto de 1943 residiu em Macaé, período marcante de sua vida: a pré-adolescência. Deixando Macaé, por falecimento de sua mãe, retornou a Niterói. Cursava o terceiro ano ginasial no Ginásio Municipal de Macaé quando da mudança. Já na antiga capital fluminense, completou o ginasial no Colégio Plínio Leite. Em 1945, as circunstâncias levaram-no a trabalhar de dia e estudar à noite; mudou-se, então, para o Rio, capital federal na época. Após três anos na Academia de Comércio do Rio de Janeiro (Cândido Mendes), obteve o grau de Contador, equivalente, hoje, ao de Ciências Contábeis. Em setembro de 1947 voltou a  residir em Niterói, permanecendo até hoje.

 

LITERÁRIO



Em 1954, no Diário do Povo, escreve as primeiras crônicas de cinema; foram, apenas, alguns meses. Em setembro de 1961, a convite de Carlos Couto, passa a colaborar com o semanário PRAIA GRANDE EM REVISTA, como crítico cinematográfico, atividade que manteve durante o pouco mais de um ano que teve o PGR. Em 1965 escreveu o poema O GRITO o qual, devidamente traduzido para o Inglês, foi enviado ao Pastor Martin Luther King Junior. Em carta pessoal, que o autor guarda com carinho, o grande líder agradeceu essa colaboração a sua luta. Em 1966 e 1967 teve seus primeiros poemas publicados em O Fluminense, na seção Prosa & Verso, então sob a direção de Sávio Soares de Sousa. Em 1968, é selecionado para a final do Festival Fluminense da Canção (O Brasil Canta no Rio), transmitido pela TV Excelsior, com a canção Eu Andei Pelo Mundo, musicada por Frederico Leite Pereira; o resultado final deu-lhe o oitavo lugar entre as trinta e seis finalistas. Seus trabalhos literários vão sendo guardados até que, em 1988, sob o patrocínio da empresa NITRIFLEX, tem publicado o livro ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA, que teve boa receptividade entre os críticos de nossa cidade. Depois desse, e até que viesse a publicar O TEMPO NEM ME VIU PASSAR, em 2004, publicou artesanalmente com divulgação em âmbito restrito, os seguintes livros: Mais ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA Talvez (1991), PROSA, VERSOS & ETC (1997), Um Pouco Mais de PROSA, VERSOS & ETC (1999) e CONTOS, VERSOS & OUTROS ESCRITOS (2002). Em 2005, lançou o livro REVIVENDO MEUS PASSOS (Retalhos de Memória). Em maio de 2006, lançou o livro  DOIS MOMENTOS, de prosa e versos, com prefácios de Sávio Soares de Sousa para os versos, e de Antonio Soares para a prosa.  Fez acompanhar este livro de uma coletânea de versos que intitulou  VERSOS A GRANEL. Ainda em 2006, escreveu uma sinopse do famoso romance de José Cândido de Caravalho, O Coronel e o lobisomem. Em 2008, publicou UM SIMPLES CURSO D’ÁGUA, em 2009, ESTAÇÃO OITENTA e, em 2010, NA POEIRA DO TEMPO. Além de trabalhos literários, escreveu um pequeno livro profissional intitulado ELEMENTOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE PARA PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS. É acadêmico titular da Academia Niteroiense de Letras, desde a posse em 12 de setembro de 2004. É também membro da Academia Brasileira de Literatura desde 2008. Paralelamente a essa atividade literária, e intimamente ligada a ela, produziu composições musicais de caráter popular (letra e música), em alguns casos em parceria com seu professor, o consagrado e saudoso músico Sylvio Vianna, seu amigo e professor. Em 2006, fez palestra sobre o Centro de Niterói, dentro do VIII Curso de História de Niterói, do IHGN. Muitos de seus trabalhos tem sido publicados no jornal UNIDADE, do qual é assíduo colaborador.


Leia poesias do grande literato


NÃO IMPORTA QUEM SEJA

Seja lá você quem for - preto, branco ou amarelo,
Não importa a sua cor nem o tom de seu libelo.
Importa ser solidário, ser um amante da paz.
Do amor ser um santuário e dizer: "não matarás!"

Seja lá você quem for - instruído, analfabeto,
operário ou professor - ter qualquer curso completo.
Importa o jeito de ser, ser sobretudo gentil.
Ter na alma o bem-querer, ser humilde, não servil.

Seja lá você quem for - pobre, rico, remediado,
homem da rua ou ator, ser loquaz ou ser calado.
Importa é trazer no peito o gosto de dar abrigo;
não ver apenas defeito em quem não é seu amigo.

Seja lá você quem for - de direita ou de esquerda,
empregado, empregador, homem do lucro ou da perda.
Importa ser sempre justo, cultivar a afeição.
Procurar a todo custo trazer paz no coração!






AH! QUEM ME DERA!

Poeta, quem dera eu fosse!
Faria versos à vida,
faria a vida mais doce!

Versos de boa lembrança
a meus tempos de criança,
já tão longe, tão distantes:
o palhaço beijoqueiro,
a lona e o picadeiro
com suas luzes brilhantes.
Versos com alma sentida
às coisas belas da vida,
que sejam simples de vê-las
Versos aos astros faria
fosse noite ou fosse dia,
também à Lua e às estrelas.

Poeta, quem dera eu fosse!
Faria versos à vida,
faria a vida mais doce!

Versos com certa magia
aos mestres da melodia,
Bach, Beethoven ou Chopin.
Versos por suas conquistas
para os sábios e os artistas,
Einstein, Newton ou Gauguin.
Rimas boas, rimas várias
às figuras literárias
e seu mundo ao derredor.
Melhores versos possíveis
aos filmes inesquecíveis
de Chaplin ou de John Ford.

Poeta, quem dera eu fosse!
Faria versos à vida,
faria a vida mais doce!

Versos de aplauso ao artista,
o guri malabarista
no sinal, buscando algum.
Meus versos como laurel
ao catador de papel
em meio ao lixo e ao bodum.
Os meus versos de louvor
ao bravo trabalhador
na busca do ganha-pão.
Por tudo que vejo e sinto
nesta vida-labirinto,
meus versos de coração.

Poeta, quem dera eu fosse!
Faria versos à vida,
faria a vida mais doce!

Um verso triste e chorado
ao pássaro engaiolado,
lamentando o cativeiro,
Versos bem livres, sem grade.
ao voo de liberdade
de um passarinho brejeiro.
Versos do amor mais profundo
à força que move o mundo,
tenha o Nome que tiver.
À Vida, versos, portanto,
sejam de riso ou de pranto
para o que der e vier.

Poeta, quem dera eu fosse!
Faria versos à vida,
faria a vida mais doce!



HISTÓRIA ANTIGA



A coisa vem de longe,

vem dos tempos do Big Bang,

quando, segundo dizem, tudo começou.

Eu, particularmente,

acho que apenas recomeçou.

Entre as esferas

de tamanhos diversos

que passaram a girar

pelo Cosmos, a Terra,

“uma das menores” foi sorteada

para acolher-nos. Eu, você

e os bilhões que pululam por aí.

Mas não chegamos assim, de uma vez.

Não, o processo foi demorado.

Primeiro foi montado o cenário,

com seus mares, montanhas,

rios, planícies, geleiras, desertos;

esse que, apesar dos ataques que sofre,

parece permanecer inteiro.

Dias-milênios levou a construção.

Depois vieram os primeiros atores,

Os bichos grandes, mastodônticos,

acompanhados dos pequenos, dos bem menores,

dos tão pequenos que os grandes não os viam.

E os tão minúsculos

que nem os grandes nem os pequenos

sabiam de sua existência.

O Construtor, nem sempre satisfeito,

às vezes mexeu no cenário

e substituiu os atores primevos.

E outros tantos dias-milênios se passaram.

Finalmente, eis que adentram a ribalta terrena,

pensando ser gente grande,

os bisavós de nossos ancestrais mais distantes.

Agora são dias-séculos que passam,

talvez um milhão de anos.



E o Construtor, agora também Diretor de Cena,

dá-se por satisfeito e apresenta à platéia:

com vocês: o Homem!

E, sem machismo, a Mulher também!

Isso foi há uns cem mil anos,

lá pelos lados da África oriental,

de pele muito queimada pelo sol do Equador.

Com o passar do tempo,

erguem-se e aprendem a caminhar em pé

e mudam a cor da pele,

uns se tornam brancos com variações de tom.

Curiosos, seguem em direções diversas,

espalhando-se pelos quatro cantos.

Mas foi há pouco tempo

- menos de dez mil anos -

que socialmente apareceram.

Pelo que se sabe, na Mesopotâmia,

lá pelas bandas do Iraque.

Supõe-se, dizem os livros,

que na China, na Oceania e na América

sociedades humanas também surgiram.

Curiosos, esses homens e mulheres

descobriram que podiam procriar;

e gostaram tanto que não pararam de reproduzir-se.

Aos poucos foram inventando coisas,

como fazer o fogo,

como movimentar-se sobre rodas,

e, principalmente, como matar-se.

Procriar e guerrear,

essa lição nunca esqueceram.

Talvez por isso mesmo,

um homem diferente apareceu

há dois mil anos, lá pros lados da Palestina.

Dizia ser filho do Construtor

e veio para pacificar o mundo,

pregando o amor entre os atores na ribalta.

Mas os donos de Seu tempo

não gostaram do forasteiro,

e o crucificaram na condição de Homem.



Desde então, os que lhe seguem os ensinamentos

tentam completar sua tarefa.

Mas a Humanidade parece não desejar isso,

desenvolve-se científica e tecnicamente,

mas retrocede ao tempos primeiros quanto a sentimentos;

e num salve-se quem puder desmesurado,

pratica o desamor que apressará o seu fim.

E, muito provavelmente,

tudo recomeçará com o homem primevo,

aquele que andava de quatro.

E o Construtor, paciente,

fará mais uma tentativa

de enobrecer o cenário construído



O texto HISTÓRIA ANTIGA,
 Se encontra embelezando o livro "Na poeira do Tempo"
do consagrado escritor Gilson Rangel Rolim,
 nas respectivas páginas  36, 37, 38 e 39.
Livro publicado
Pela Editora NITPRESS - 2010
ISBN - 978-85884-054-9
adquira este livro no site da editora Nitpress



FOCUS - PORTAL 100% CULTURAL
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é da página do blog do
MAURÍCIO BAÊTA ROLIM,
  jovem talento das artes gráficas,
 conceituado e respeitado Designer Gráfico,
 Este talentoso Designer,
 projetou a capa do livro
"Na Poeira do Tempo - Gilson Rangel Rolim"
e várias outras capas de livros
de escritores renomados
 da literatura Fluminense,
Assim O FOCUS,
não poderia deixar de
 dar ênfase ao trabalho do jovem talento.
 Visite o blog dele e comprove.

MAURÍCIO BAÊTA ROLIM

FREE LANCER EM ATIVIDADE HÁ 25 ANOS.
GRADUADO EM COMUNICAÇÃO
 PELO INSTITUTO DE ARTES
 E COMUNICAÇÃO SOCIAL
DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE.
ESPECIALISTA EM CRIAÇÃO
PARA PUBLICIDADE
 E DESIGN GRÁFICO.

contato
(21)  99592973

CLIQUE AQUI

http://rolimcriativo.blogspot.com/





Escritor Gilson Rangel Rolim,
Historiador Salvador Mata, Poeta Alberto Araújo
Historiador Campelo


"Estação Oitenta" - Livro de Gilson Rangel Rolim
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O livro"DOIS MOMENTOS" -
 do consagrado escritor
Gilson Rangel Rolim -
pela Editora Nitpress - 152 páginas
é o Recomendado do Mês
 No Vitrine do FOCUS


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Um comentário:

  1. Estou aqui deixando meu singelo DEPOIMENTO,de carinho e amizade A Gilson Rangel Rolim, Por ele ser uma das pessoas que me apoiaram quando cheguei a Niterói-RJ, e por tanto que ele tem me ajudado, me mostrado o caminho das letras corretas. Esta foi apenas uma forma dentre outras que virão, de mostrar o meu imenso agradecimento a esse tão conceituado escritor, e tão brilhante pessoa. Obrigado Querido Amigo Gilson, Que Deus sempre ilumine seu caminho, trazendo inspirações belíssimas, para que possamos ver o seu imenso talento e coração brilhar nas estrelas. Brilha Estrela, brilha eternamente... Abraços do ALBERTO ARAÚJO

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