31 de março de 2012

PALESTRA DA PROF. LEONILA MARIA MURINELLY LIMA NO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS

PALESTRA DA
PROFa. LEONILA MARIA MURINELLY LIMA
NO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS



A palestra da Doutora e Professora Leonila Maria Murinelly Lima no Cenáculo Fluminense de História e Letras, no dia 30 de março de 2012 foi um sucesso... Leonila encantou a todos os presentes, com sua habilidade e maestria em saber como conduzir a grandiosa palestra.

O tema da Palestra foi:

AVE PALAVRA – potência sagrada e restauradora

AVE EVA – potência feminina de natureza transcendente
 

As palavras exercem sobre nós um forte poder.  Elas entram nos nossos corpos e nos transformam.  As benditas acendem uma chama interior e desvelam o que temos de melhor em nós mesmos; já as malditas quantos estragos nos causam... Afinal, “É no lugar onde a Palavra faz amor com o corpo que começam os mundos” (Ruben Alves)

É pela arte da Palavra que “reinventamos” o mundo... Esta ciranda propõe um “des-ensinar  para reaprender”;  um  “fazer esquecer para fazer lembrar” – como bem traduzem os versos: Procuro despir-me do que aprendi,/ Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,/ E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,/ Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,/ Desembrulhar-me e ser eu...(CAEIRO/PESSOA).
Afinal, nada melhor que o poder da Palavra para despertar as metamorfoses do corpo... e da Alma.

AVE PALAVRA - Potência sagrada e restauradora: AVE EVA - Potência feminina de natureza transcendental. Onde a professora nos fez viajar ao encontro das raízes feminina isto é, do surgimento da personalidade forte e mágica da natureza a mulher, desde Eva até chegar à potencialidade poética de Adélia Prado, as potencialidades distribuídas em vários segmentos; o corpo a alma, o prazer, a saudade, a vida, e existencialidade do homem como a parte de um todo e de todo o mundo. A eficácia da poesia cotidiana que vai de do filósofo alemão Walter Schubart ao cotidiano lembrado em todas as poesias de Adélia Prado. A revista Focus esteve presente e trouxe para você na íntegra os momentos da grandiosa palestra, Confira todas as imagens das personalidades fluminenses que foram prestigiá-la.



Dra. Profa. Leonila Maria Murinelly Lima
Doutora em Literatura Comparada/UERJ; Mestre em Literatura Portuguesa/UFF; Practitioner em Programação Neurolinguística/Instituto Saber/SP.


Franci Machado Darigo - Pres. IHGN,
Márcia Pessanha - Vice-presidente do CFHL
 e Julio Cezzar Vanni - Presidente do CFHL
momento da composição da mesa
 para o início dos trabalhos

Julio Cezzar Vanni - Presidente do CFHL
abriu o evento, e falou de novos projetos
para o Cenáculo durante este ano 2012

Márcia Pessanha-Vice-presidente do CFHL
apresentando a doutora e professora
Leonila Maria Murinelly Lima

a doutora Leonila Murinelly
ministrando a palestra

A palestra foi toda ministrada em Data-show

Presidente do Cenáculo Julio Cezzar Vanni


 
A hipótese trabalhada foi que é possível encontrar na poesia de Adélia Prado elementos que configuram transgressão e resistência às concepções praticadas pela Igreja Católica em relação às mulheres. A mesma religião significante irá oferecer significados e símbolos capazes de viabilizar uma poesia de afirmação pessoal e, através dela, a expressão da poetisa no espaço público.
O poema no qual Adélia consegue evocar Eva e Maria ao mesmo tempo, Eva e Maria como arquétipos do feminino. Veja o que Adélia diz:

Leia a poesia de Adélia Prado

Meu coração bate desamparado / onde minhas pernas se juntam / É tão bom existir! / Seiva, vergônteas, virgens, / tépidos músculos / que sob as roupas rebelam-se. / No topo do altar ornado / com flores de papel cetim / aspiro vertigem de altura e gozo, / a poeira nas rosas, o afrodisíaco, / incensado ar de vela / - a santa sobre os abismos – / À voz do padre abrasada / Eu nada objeto, / lírica e poderosa. (Lembrança de Maio - Adélia Prado)
*
 
Através do elemento erótico religioso em sua poesia, Adélia entra em contato com o feminino da psique, sem afastar-se da religião mesma que a expressou, mas reestruturando a imagem católica das mulheres, para outra, dona de sua capacidade de sentir e expressar o desejo sexual. Não por caso, ela repete que a salvação está na poesia. É ali, através das palavras transmutadas em imagens, em cenas, em metáforas, em sonhos, desejos e visões, que uma realização acontece.  Adélia escreveu:

Como um tumor maduro / a poesia pulsa dolorosa, / anunciando a paixão. / “Ó crux ave, spes única / Ó passiones tempore”. / Jesus tem um par de nádegas! / Mais que Javé na montanha / esta revelação me prostra. / Ó mistério, mistério, / suspenso no madeiro / o corpo humano de Deus. (...) / Nisto consiste o crime, / fotografar uma mulher gozando / e dizer: eis a face do pecado. / Por séculos e séculos / os demônios porfiaram / em nos cegar com este embuste. / E teu corpo na cruz, suspenso. / E teu corpo na cruz, sem panos: / olha pra mim. / Eu te adoro, ó salvador meu / que apaixonadamente me revelas / a inocência da carne. / Expondo- te como um fruto / nesta árvore de execração / o que dizes é amor, / amor do corpo, amor.
( Festa do corpo de Deus-Adélia Prado)

 ****
Para exemplificar os poemas do cotidiano a doutora optou por um bem conhecido da poetisa, Adélia diz:

Há mulheres que dizem: / Meu marido se quiser pescar, pesque, / mas que limpe os peixes. / Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, / ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. / É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, / de vez em quando os cotovelos se esbarram, / ele fala coisas como ‘este foi difícil’, prateou no ar dando rabanadas / e faz o gesto com a mão. / O silêncio de quando nos vimos a primeira vez / atravessa a cozinha como um rio profundo. / Por fim, os peixes na travessa, / vamos dormir. / Coisas prateadas espocam: / somos noiva e noivo

(Casamento-Adélia Prado)


No final a professora distribuiu poemas
de Adélia Prado aos presentes




Leda Mendes Jorge - Escritora e Pres. da ANE
com o acadêmico Geraldo Caldas




A doutora Leonila feliz da vida com o reecontro das amigas

A Doutora Leonila com a Profa. Felisberta Trindade

Profa. Felisberta Trindade e Profa. Dionilce Faria

Fotográfo Murilo com a Escritora e Profa. Dionilce Faria

Márcia Pessanha - Vice-Presidente do CFHL
com a artista plástica e escritora Angela Gemesio

A artista plástica Shirley Araújo
com o musicista Marco Aurélio Faria

Assis e Mirtes os dois são os tios de Marcia Pessanha
e vieram da cidade de Campos-RJ prestigiar o evento.

Leonila Mª Murinelly - Palestrante
e o Mediador do Focus  Alberto Araújo

EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...


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29 de março de 2012

2º CICLO DE CONFERÊNCIAS: PENSAR HOJE II

2º CICLO DE CONFERÊNCIAS: PENSAR HOJE II

DA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS




COORDENAÇÃO: MARCO LUCCHESI

Marco Lucchesi (Rio de Janeiro, 1963),  é escritor, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.
Entre diversos prêmios aos quais disputou e ganhou, destaca-se a chegada a final do Prêmio Jabuti de 2002. É professor de Língua e Literatura Italiana na Faculdade de Letras da UFRJ, onde ministra aulas na graduação e na pós-graduação, além de orientar dissertações e teses.
Foi eleito para a cadeira de número 15, fundada pelo poeta Gonçalves Dias, da Academia Brasileira de Letras, em eleição realizada em 03 de março de 2011.



 veja a programação no banner
 


ABL dá prosseguimento aos ciclos de conferências sobre as diversas formas de pensar hoje o mundo, a arte e a ciência


A Academia Brasileira de Letras dá continuidade aos ciclos de conferências sobre as diversas formas de se pensar o mundo, a arte e a ciência, com a segunda etapa das palestras, denominada “Pensar hoje II”, sob coordenação do Acadêmico Marco Lucchesi. O tema será “Pensar a Literatura” e terá como palestrante o Professor Alcir Pécora. O evento está programado para o dia 3 de abril, terça-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., sede da Academia, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.
De acordo com o Acadêmico Marco Lucchesi, o ciclo, assim como o anterior, o “Pensar hoje I”, encerrado semana passada, “responde a uma demanda de verticalizar diversas questões, de aprofundá-las a partir de uma proposta dialógica, frente ao desafio das diversas formas de pensar hoje o mundo, a arte e a ciência, em seus diversos desdobramentos, sem perder de seu horizonte uma visão ética do próprio pensamento”.

O ciclo atual terá mais três conferências (sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário): Dia 10 – “Pensar a História”, com o Professor Carlos Guilherme Mota; dia 17 – “Pensar a Educação”, com o Acadêmico e Professor
Eduardo Portella; e dia 24 – “Pensar a Transcendência”, com o Acadêmico e Professor Tarcísio Padilha.
Os Ciclos de Conferências da ABL, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal, têm patrocínio da Petrobras.

Saiba mais
Alcir Pécora é Professor livre docente e Diretor do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, onde leciona desde 1977. É também autor, entre outros, de Teatro do Sacramento: a unidade teológico-retórico-política nos Sermões de Vieira; Máquina de Gêneros; e As Excelências do Governador, em coautoria com Stuart Schwartz. Editor de várias obras de Vieira, entre elas: A Arte de Morrer do Padre Antonio Vieira; Escritos Históricos e Políticos do Padre Vieira; Sermões I e II; Índice das Coisas Mais Notáveis. Organizador das Obras Reunidas de Hilda Hilst e das de Roberto Piva.





 VAMOS PRESTIGIAR ESSE MOMENTO CULTURAL

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28 de março de 2012

MILLÔR FERNANDES PARA SEMPRE

MILLÔR FERNANDES PARA SEMPRE




  Escritor e humorista brasileiro Millôr Fernandes


Criador de um célebre jornal que criticou com ironia a ditadura, morreu aos 88 anos no Rio de Janeiro, informou nesta quarta-feira sua família.
Autor de cerca de 40 romances, obras de teatro, letras de músicas e livros de poesia, Millôr sofreu derrame na noite de terça-feira em seu apartamento. Após o velório, seu corpo será cremado nesta quinta-feira.
O escritor foi um dos fundadores de 'O Pasquim', uma revista humorística e satírica criada em 1968 que usando a ironia conseguiu burlar a censura e criticar o regime militar que imperou no Brasil entre 1964 e 1985.
Millôr Fernandes começou no jornalismo em 1938 com uma coluna na revista 'A Cigarra' que assinava com o pseudônimo Vão Gogo, nome que utilizou durante décadas em diversas publicações, entre elas na revista 'O Cruzeiro', uma das principais brasileiras dos anos 40 e 50.
Posterior a isso, colaborou com importantes veículos, como o 'Jornal do Brasil' e a revista 'Veja'. De sua produção literária sobressaíram obras teatrais, mas também inúmeros contos, fábulas, poesias e romances.
Ele também foi tradutor de obras de William Shakespeare e ainda adaptou para o português textos de Molière, Bertold Brecht, Tennessee Williams, Mario Vargas Llosa, Augusto Monterroso e Darío Fo.
O humorista era conhecido pelo grande público brasileiro por suas frases criativas, que muitas vezes escrevia no formato de haiku (forma poética de origem japonesa) e de quadrinhos, que foram publicados em inúmeros jornais e revistas de todo o país.
Aos 17 anos, o escritor já demonstrava sua ironia inata, ele adotou o nome de Millôr, grafia errada com qual foi registrado. Seus pais queriam batizá-lo quando nasceu em 1923 como Milton.




“Uma Estrela de primeira grandeza, que sempre Será este brilho reluzente que se Destaca e acontece! Não é a toa que mesmo sendo uma Consagrada Celebridade, fez e fará a diferença!
"O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade." - Por Millôr Fernandes.
Algumas Frases e um pouquinho do Nosso Querido Millôr Fernandes Que literalmente é a arte e o Artista.
"Não, o Brasil não é o único país corrupto do mundo. Mas a nossa corrupção é a mais gratificante".[ Millôr Fernandes ]
"Você pode evitar descendentes. Mas não há nenhuma pílula para evitar certos antepassados" [ Millôr Fernandes ]
"O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade." [ Millôr Fernandes ]
"Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo." [ Millor Fernandes ]
"O século XX nos deu o cinema, o telefone, o automóvel, o avião, a penicilina, a asa-delta, o computador, tanta coisa maravilhosa. Mas a maior invenção de todos os tempos é do século XXI, o Google. A cultura prêt-a-porter".[ Millor Fernandes ]
"Pergunta pro Presidente Lula: "Em que exato momento histórico nossa ignorância passou a ser virtude cívica?" [ Millor Fernandes ]




Millôr Fernandes (Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2012) foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro.
Com presença marcante pelos veículos impressos mais importantes do Brasil, como O Cruzeiro, O Pasquim, Veja e Jornal do Brasil, entre vários outros, Millôr é considerado uma das principais figuras da imprensa brasileira no século XX Multifacetado, obteve sucesso de crítica e de público em todos os gêneros em que se aventurou como em seus trabalhos de ilustração, tradução e dramaturgia, sendo várias vezes premiado. Além das realizações nas áreas literária e artística, ficou conhecido também por ter sido um dos idealizadores do frescobol.
Com a saúde fragilizada após um acidente vascular cerebral no começo de 2011, veio a morrer em março de 2012, aos 88 anos.

26 de março de 2012

NITERÓI COMEMORA CENTENÁRIO DE CARLOS TORTELLY COSTA

HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE CARLOS TORTELLY COSTA 




As entidades culturais a Academia Niteroiense de Letras, a  Academia Fluminense de Letras e as Associações Médicas de Niterói, bem como a Fundação Municipal de Saúde (FMS), celebram a partir desta segunda-feira, dia 26, e até o  dia 31 de março, o centenário de nascimento do médico e benemérito Carlos Tortelly Costa (1912-2003).


A programação inclui solenidade na Universidade Aberta da Terceira Idade, dia 26, às 14 horas;


Sessão especial de homenagem na Academia Fluminense de Letras, dia 28, às 18 horas, sessão esta iniciativa da Academia Niteroiense de Letras, por sugestão do Dr. Waldenir de Bragança, atual presidente da Fluminense, a sessão será realizada na ANL, motivo o auditório da AFL seja um local mais amplo.


E instalação de placa comemorativa na Associação Médica Fluminense, dia 29, às 18 horas.

- Clínico e obstetra conhecido como “Cegonha de Niterói”, ele ajudou milhares de crianças a nascer em mais de 55 anos de exercício da profissão, guardando a distinção de jamais ter perdido uma paciente. Carlos Tortelly teve passagem marcante por várias entidades com as quais colaborou, entre elas: Associação Médica Fluminense, Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, Casa do Médico Fluminense, Unimed Leste Fluminense, Universidade Aberta da Terceira Idade, Lar da Criança Padre Franz Neumair, Probus Clube Niterói-Norte. Membro das Academias Fluminense e Niteroiense de Letras, Dr. Carlos também se notabilizou no meio cultural como escritor, poeta e trovador.



VEJA A PROGRAMAÇÃO:
Semana da celebração do centenário do benemérito
Carlos Tortelly Rodrigues da Costa

de 26 a 31 de Março de 2012 -


26/03 – Segunda-feira 14h – Homenagem: “A Vida, as Ações e as Obras do Dr. Carlos Tortelly” – Lançamento do Tablóide Comemorativo do Centenário – Apresentação do Coral da UNIVERTI, sob a regência do Maestro Marcos Gonçalves Cardozo – Coquetel de Confraternização.
Local: UNIVERTI – Anexo da Faculdade de Direito da UFF, Rua Presidente Pedreira, 62, Ingá, Niterói



27/03 – Terça-feira: 14h – Apresentação das Oficinas / Prosa e Verso – Obras do Escritor e Poeta Dr. Carlos Tortelly

Local: UNIVERTI – Anexo da Faculdade de Direito da UFF, Rua Presidente Pedreira, 62, Ingá, Niterói

20h30min – Homenagem do Rotary Club e do Probus de Niterói-Norte pelo Centenário de Carlos Tortelly – Palestrante: Zeneida Apolônio Seixas, Presidente do Probus

Local: Casa da Amizade de Niterói – Rua Murilo Portugal, 1130, São Francisco, Niterói


28/03 – Quarta-feira: 18h – Sessão Solene Conjunta das Academias Fluminense e Niteroiense de Letras, da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e entidades culturais de Niterói – Homenagem a Carlos Tortelly Costa – Apresentação do Coral da UNIVERTI, sob a regência do Maestro Marcos Gonçalves Cardozo – Coquetel de Confraternização.
Local: Academia Fluminense de Letras – Praça da República, 7, Centro, Niterói (prédio em conjunto com a Biblioteca Pública de Niterói)


29/03 – Quinta-feira: 18h – Inauguração de Placa de Homenagem e Reconhecimento, por entidades que receberam a influência do Benemérito Carlos Tortelly Costa – Associação Médica Fluminense, Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, UNIMED Leste Fluminense, CREMERJ, UNIVERTI, entre outras

Local: Casa do Médico – Av. Roberto Silveira, 123, Icaraí, Niterói


30/03 – Sexta-feira- 10h – Homenagem do Lar da Criança Padre Franz Neumair ao Fundador e 1º Presidente Dr. Carlos Tortelly

Local: Lar da Criança Padre Franz Neumair – Estrada Padre José Euger, 33, Ititioca, Niterói


31/03 – Sábado - 17h – Missa de Ação de Graças

Local: Capela de São Lucas da Casa do Médico – Av. Roberto Silveira, 123, ou Rua Mário Alves, 70, Icaraí



CARLOS TORTELLY COSTA (Itaperuna, RJ, 29 mar. 1912). Médico há mais de cinqüenta anos na cidade de Niterói. Autor de obras da especialidade. Foi Secretário de Trabalho e Bem-Estar Social da Prefeitura Municipal de Niterói. Da Academia Niteroiense de Letras. Um dos fundadores e ex-presidente da Academia Fluminense de Medicina. Premiado em certames poéticos realizados em Niterói e no Rio de Janeiro. Publicou O Mar é Meu Encanto, 1992, trovas, com prefácio de Latour Arueira. Participou de diversas antologias.


Leia poesia de Carlos Tortelly Costa


Deus, o Homem e a Guerra


Na angustiante noite de agonia
Quantos caminham, sós, ensimesmados,
Na luta inglória deste dia-a-dia
Transformando nos tiros seus pecados!

Como é triste viver na tirania
Vendo troar canhões sempre apontados
Para inocentes que na covardia
Não vêem sequer os ideais sonhados!

Até quando a maldade e o desamor
Nas lutas em que o pobre, na inocência,
É capaz de brigar sem ter rancor?

Oh! Senhor Deus, divino Criador,
Destes ao Homem luz na consciência
Mas ele é cego... não vos tem amor!


(Página 57 da antologia "Água Escondida" (1994),
de Neide Barros Rêgo





Caros amigos Foculistas
vamos prestigiar esses eventos culturais fluminense

23 de março de 2012

LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL - 100 ANOS EM FOCO - EXPO NO SOLAR DO JAMBEIRO

LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL - 100 ANOS EM FOCO 
EXPOSIÇÃO NO SOLAR DO JAMBEIRO

Banner produzido pelo Cecchetti


Foi linda demais a exposição 100 anos em foco - em homenagem ao baluarte da poesia haicai, o queridíssimo escritor secular Luís Antônio Pimentel, aconteceu dia 22 de março no Solar do Jambeiro, e tudo ficou a cargo do grande promoter e curador Paulo Roberto Cecchetti. Estiveram presentes muitas personalidades fluminenses e todos queriam de perto prestigiar o grandioso evento, e acima de tudo valeu todo o esforço de Cecchetti e de vários amigos de Pimentel que fizeram desse evento um dos maiores que o Focus já presenciou, e este Portal tem orgulho de mostrar as imagens que foram selecionadas com tanto carinho para vocês queridos leitores foculistas. Confiram as imagens de muitas personalidades que estiveram presentes.
Um dos Outdoors / Convite - expostos pela cidade de Niterói


Parte frontal do Solar Jambeiro
local da exposição
"Luís Antônio Pimentel - 100 anos em foco"
22 de março à 29 de abril 2012

O Solar do Jambeiro, também conhecido como Palacete Bartholdy, Rua Presidente Domiciano, 195, São Domingos, Niterói, RJ. Belíssimo casarão que abriga exposições de artes plásticas, seminários e cursos sobre preservação e restauração de bens culturais.
O Solar foi construído em 1872 pelo comerciante português Bento Joaquim Alves Pereira. Em 1892 a propriedade foi vendida ao diplomata dinamarquês Georg Christian Bartholdy. O Solar do Jambeiro foi tombado em 1974 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e é um amplo sobrado erguido em uma bela chácara arborizada, revestido de azulejos típicos das construções portuguesas, constituindo um dos mais importantes conjuntos de azulejaria do século XIX existentes no Brasil.
Em 1997 o Solar foi desapropriado pela Prefeitura Municipal de Niterói para fim de preservação e restauração. Desde a sua reinauguração, após meticulosa restauração, em 2001, desde então, o Solar do Jambeiro tem abrigado exposições, seminários e cursos sobre preservação e restauração de bens culturais, e ainda seus belíssimos jardins também estão abertos à visitação.
Atualmente o Solar do Jambeiro é administrado pela Fundação de Arte de Niterói - FAN, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura de Niterói, órgão que também administra o Teatro Municipal de Niterói, o Museu de Arte Contemporânea e o Teatro Popular de Niterói. O Solar do Jambeiro, juntamente ao Museu Antônio Parreiras e o Museu do Ingá, da FUNARJ, e a Sala José Cândido de Carvalho, também da FAN, torna o Ingá um dos bairros com o maior número de aparelhos culturais públicos no Estado. Também, o Solar do Jambeiro, prédio de arquitetura antiga e acervo de belas-artes, acabou tornando-se um contraponto cultural a um outro aparelho cultural ali próximo, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, localizado no vizinho bairro de Boa Viagem, prédio de arquitetura moderna e que abriga acervo de arte contemporânea.


                                                                          foto Cecchetti
Cecchetti fez a abertura do evento

                                                                         foto Cecchetti
Sávio proferiu palavras ao homenageado

                                                                      foto Cecchetti







Luís Antônio Pimentel Nasceu em Miracema, 29 de março de 1912 é um poeta, professor, jornalista e memorialista brasileiro. É membro da Academia Fluminense de Letras - AFL; Academia Niteroiense de Letras - ANL e presidente de honra no Grupo Monaco de Cultura.
Sobrinho por parte de pai do literato Figueiredo Pimentel, de quem reconhece a influência da obra sobre os primeiros trabalhos literários. Tendo sido aluno bolsista em intercâmbio no Japão, residiu lá entre os anos de 1937-1942, familiarizando-se com o haicai ao ter contato com autoridades como Hagiwara Sakutarô e Takamura Kôtarô. Pimentel tem sua poesia traduzida para o inglês, o alemão, o francês, o espanhol e o sueco.
Pimentel é um dos precursores do haicai no Brasil, responsável pela divulgação deste estilo de poesia ao lado de Olga Savary e Helena Kolody. Tem parte na cunhagem definitiva do termo “haicai” em língua portuguesa quando, estudante da faculdade de filosofia da Universidade do Brasil, encaminhou a Aurélio Buarque de Holanda, por intermédio do gramático Celso Cunha, o pedido de dicionarização, evitando que o termo se dispersasse em outras transliterações como hai-cai, hai-kai, haikai, haiku, hai-ku e hokku. Com seu livro Namida no Kito, obra escrita em português no japão e traduzida para o japonês no ano de 1940, Pimentel se tornou o primeiro autor brasileiro traduzido para o japonês que se tem notícia.
O autor reconhece ter se permitido inovar o haicai ao tratar de temas tropicais, criando também o haicai erótico, o engajado politicamente e o étnico. Contudo, estas pequenas transgressões não corrompem o cânon estético inaugurado por Matsuô Bashô como a rigorosa métrica e a exigência da indicação da estação do ano (Kigo) e dos fenômenos da natureza.
Sua vasta obra literária, conta com livros como: Contos do velho Nipon (1940), Tankas e haicais (1953), Cem haicais eróticos e um soneto de amor nipônico (2004). E se encontra reunida em três volumes publicados pela editora Niterói Livros, que contém o texto integral de Tankas e haicais, tal como coordenada pelo professor Nelson Eckhardt em 1953.
A obra reunida, em acurada edição crítica de três volumes, conta também com poesias compiladas inéditas até 2004, data desta edição e versões para diversas línguas, entre elas o japonês, na tradução de Yonekura Teruo.
Além da primeira biografia, assinada por Alaôr Eduardo Scisínio, a obra do poeta recebeu diversos estudos, como o escrito pelo filósofo brasileiro R.S. Kahlmeyer-Mertens, que nos últimos anos vem dedicando trabalhos sobre a produção de haicais do poeta, destacando o relevo do pensamento de Pimentel para a contemporaneidade.




Leia na íntegra a entrevista de Luís Antônio Pimentel
concedida ao Promoter e Curador Paulo Roberto Cecchetti



LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL
Completou 100 anos em 29 de março de 2012. Nasceu em Miracema, RJ. É jornalista, pesquisador, professor, folclorista, historiador, fotógrafo, haicaísta e poeta. Dentre seus inúmeros livros publicados, destacam-se: Ciranda, Cirandinha, Namida no Kitô (editado em Tóquio, Japão, em 1940), Contos do Velho Nippon, Doze dias com Leviana, Cantigas para o povo, Topônimos Tupis de Niterói, Estuário, Obras reunidas - Volumes 1, 2 e 3 e Haicais onomásticos. É membro das academias Fluminense e Niteroiense de Letras e colunista dos jornais A Tribuna e Icaraí. Foi o jornalista responsável, durante 15 anos de O CAIS em revista.
PRC - No início da sua carreira você conviveu com inúmeros jornalistas famosos.
LAP - No meu tempo de jornal convivi com o velho Mário Rodrigues, do jornal "A Manhã". Ele, pai do consagrado Nelson Rodrigues e do Mário Rodrigues Filho, que escrevia crônica esportiva; J.E.Macedo Soares, do "Diário Carioca"; Oséas Mota, da "Vanguarda"; Irineu Marinho, pai dos "marinhos todos"... Roberto Marinho de O Globo; João do Rio, grande jornalista e repórter do jornal "A Pátria". João foi brilhantíssimo, revolucionou a imprensa. Os demais, naquela época, faziam artigos de fundo mostrando ao povo a linha do jornal. Convivi também com meu amigo (mesmo!) e irmão mais velho, o Barão de Itararé. Ele me chamava carinhosamente de "Pimentelzinho"... o Barão surgiu em 1915 como redator comum de jornal, mas depois virou uma figura obrigatória na imprensa com seus artigos irônicos no suplemento "A Manha", que vinha encartado gratuitamente no "A Manhã", do Mário Rodrigues. O Barão de Itararé alcançou grande sucesso nos meios literários com o livro "Pontas de cigarro", publicado em 1916. No prefácio, mostrava mais uma vez seu lado irônico: "... que essas pontas de cigarro não venham queimar os lábios sensíveis dos senhores críticos e sejam bem recebidas nos cinzeiros da opinião pública!". Outra passagem engraçada do Barão foi com Getúlio Vargas. Ambos gaúchos, o presidente encontra com ele numa solenidade e diz: "Oh, és tu Barão?!" que imediatamente responde: "Não, tu-barão é vossa excelência!!!" (risos).
PRC - Você teve uma música gravada pela "Pequena Notável"?
LAP - É. Carmen Miranda mostrou interesse e gravou, em 1935, uma música junina, parceria minha com Mário Travassos de Araújo. No tempo em que se fazia concurso de música junina! Carmen era a estrela da Rádio Mairynk Veiga, a "Pequena Notável"! Mário era o acompanhador de todos os artistas da rádio. Daí essa oportunidade.
PRC - O que representa o Japão na sua vida?
LAP - O Japão me deu um verniz de civilização oriental! Como pretexto, disse que gostaria de estudar jornalismo japonês e conhecer escolas profissionais. Lá encontrei um jornal simples onde tudo que eles queriam dizer estava ali naquelas seis páginas... Depois, estudando melhor os jornais do oriente, descobri que existia o ‘Diário de Pequim’, fundado há mais de dois mil anos... e que sai, até hoje, di-a-ri-a-men-te! É incrível!!!
PRC - Por que você foi para o Japão?
LAP - Eu fui porque precisava defender a minha pele... estava marcado para ser torturado e morto... eles me ameaçavam... eram os fascistas, os integralistas (que era uma forma de fascismo nacional) que, por acaso, teve um intelectual como chefe do movimento: o Plínio Salgado. Foi um bom escritor, um bom autor, mas não foi um bom líder! Na hora do aperto ele não quis assumir a responsabilidade... quando Getúlio Vargas deu o golpe no integralista, ele negou! A tal passeata dos cem mil, ridicularizada pelo jornalista Augusto Donadel Jorge, assim foi descrita: Getúlio Vargas, sentado em frente ao Palácio das Laranjeiras, assistia a passeata ao lado de sua filha Alzira. Anauê! Anauê! Anauê! (era o grito de guerra dos integralistas). Quando o presidente disse: "Alzirinha, vê o que está acontecendo pois aquele capenga que lá vai pela quinta vez já passou aqui!" (risos). Os integrantes da passeata ficavam dando voltas ao redor do palácio para impressionar o presidente, que logo observou a passagem do mesmo bloco de integralistas.
PRC - Onde você morou no Japão?
LAP - Morei em Tóquio, capital do Japão.Depois de terminar minha bolsa de estudo trabalhei no Consulado de Yokohama e na Rádio de Tóquio (fui locutor de língua portuguesa). A rádio era uma cópia da BBC de Londres. Lá nós irradiávamos em dezoito línguas, entre línguas e dialetos...
PRC - Mas você também morou no bairro das gueixas?
LAP - Morei por habilidade (risos)... lembrando do Itararé: "Nós não somos latinos, somos ladinos! Espertos!!!" Então eu morei seis meses na Casa dos Estudantes. Lá, os mais antigos já falavam a língua japonesa... eu me aproximei dos estudantes que falavam inglês e espanhol... como eu dominava estas duas línguas, comecei a sair com eles que eram meus intérpretes... aí percebi, no fim de alguns meses, que eu nunca iria aprender japonês... fui ao pessoal da Casa dos Estudantes e propus que me deixassem morar numa pensão ou num quarto, onde eu fosse o único estrangeiro... gostaram da idéia! (risos). O intérprete da embaixada arranjou um bairro fim de linha, um lugarzinho chamado Arakyokocho, rua Funa-machi, no 33, onde circulavam as gueixas! Depois que eu fiz isso, aqueles seis meses perdidos... recuperei com muito lucro... eu então falava que era uma beleza! Surpreendi muitos japoneses!
PRC - Morar no bairro das gueixas você não aprendeu só a língua japonesa? (risos)
LAP - Morei no Japão durante cinco anos e meio. Cheguei em 02 de maio de 1937 e saí em fins de 1942. Aprendi costumes, dança, história, a arte japonesa... porque a gueixa tem uma educação especial... ela aprende na escola desde a infância até a velhice... está sempre aprendendo para ter condições de contar a história de qualquer região. Quando você tem contato com a gueixa você adquire um manancial incrível de cultura e de folclore japonês.
PRC - Foi por esta aproximação com os japoneses que você escreveu um livro? Você foi o primeiro brasileiro a ser editado no Japão?
LAP - O que o povo foi me contando eu escrevi no livro "Contos do velho nippon". Havia por lá dois livros famosos de dois portugueses: "Peregrinações", de Fernão Mendes Pinto e outro de Venceslau de Moraes. Até hoje são livros cobiçados e publicados no Japão!
PRC - Qual foi a participação do presidente Getúlio Vargas quando do seu retorno ao Brasil?
LAP - O Getúlio sabia de tudo que estava acontecendo por lá... ele namorava o Japão e pretendia trocar nosso café de péssima qualidade pela vinda do japonês para implantar e desenvolver aqui a siderurgia. O consul naquela época era Raul Bopp, que depois foi para Los Angeles, USA; então chegou o José Gomide que ficou até o fim da guerra... quando regressou num navio de troca de prisioneiros chamado "navio de evacuação", os brasileiros logo apelidaram de "cocô-maru"! (risos). Aí Getúlio disse para o seu assessor: "Não esqueçam do Pimentelzinho!".
PRC - Como você vê a cultura hoje em nossa Niterói?
LAP - Vejo em grande projeção, em grande estilo. Niterói sempre brilhou nas artes! Vamos ver? Escritores: Xavier Placer, Lili Leitão e Antônio Calado; na música: Nathan Shwartzman (o maior violino do mundo!), Ciro Monteiro, Cauby Peixoto, Sérgio Mendes, a família Medalha (Marília, Marly e Luiz), Gadé (o La Fontaine do rádio!); no teatro: Leopoldo Fróes, Isaac Bardavid; na pintura: Antonio Parreiras, Milton Dacosta, Abelardo Zaluar, Quirino Campofiorito e Miguel Coelho (o mineiro mais niteroiense que eu conheci!); no cinema: Leila Diniz; na escultura: Honório Peçanha; no balé: Márcia Haydée; no esporte: Gérson, os irmãos Grael (Torben e Lars), e não poderia deixar de citar meus conterrâneos de Miracema, os irmãos Aymoré e Zezé Moreira!
PRC - Você é imortal nas academias Fluminense e Niteroiense de Letras. Como é frequentar essas academias?
LAP - Na Fluminense eu levei 42 anos para tomar posse... é recorde! Poderia entrar no Guinness Book! (risos). Na Niteroiense é fácil, pois há reuniões às quartas-feiras e sempre tratando de cultura com palestras de acadêmicos.
PRC - Você é o único fotógrafo fundador da Sociedade Fluminense de Fotografia/SFF ainda vivo. Recentemente a SFF prestou uma homenagem a você. Como começou seu interesse pela fotografia?
LAP - Começou quando eu tinha doze anos. O meu tio Bilusca (Emídio Ribeiro), fotógrafo profissional (trabalhou com o prefeito Feliciano Pires de Abreu Sodré na sua obra de urbanização de Niterói, em 1914/1918 e, depois, em 1922/1927), me levou numa casa fotográfica, a J. Perpéa, na rua da Assembléia, e comprou uma máquina caixão 2A filme 116 / 6,5 mm X 11,0 mm. Com essa câmara fiz muita coisa, mas não guardei nada... A SFF armou uma sala com fotografias que eu tirei há cinquenta e dois anos atrás, quando mandamos para vários países. A associação é reconhecida em todo mundo!
PRC - Você quando retornou ao Brasil trouxe na bagagem o haicai, poesia nipônica de 5-7-5 sílabas. Existe uma preocupação sua com o rumo que esta poesia anda tomando. Por quê?
LAP - Eu trouxe do Japão o cânone e a história do haicai! A rigor é uma história da era da deusa Sol. Naquele tempo o japonês já fazia sua poesia, que hoje chamam de tanka (poesia curta) e uaka (poesia de trinta e uma sílabas). A língua japonesa não tem rima. As frases terminam sempre com verbo. Bashô determinou que o haicai tivesse um grande lirismo! Fiz um haicai das estações do ano: "Manhã: primavera. / Ao sol: verão. Tarde: outono. / Noite: inverno em Sampa." Certa vez um discípulo apresentou um haicai que, traduzido, dizia: "Se nós tirarmos as asas de uma falena fica uma pimenta"; Bashô corrigiu: "Se nós colocarmos asas numa pimenta vira uma libélula"... a evolução do haicai vem de uma poesia de dois mil e seiscentos anos! Mas esta poesia vive por aqui como se fosse um refugiado de Hiroxima!... qualquer poeta hoje faz haicai... e o mau haicai... todo deturpado... sem a métrica (5-7-5 sílabas)... é preciso denunciar isso!
PRC - Qual o seu recado literário para os novos escritores?
LAP - Que leiam mais... e procurem ouvir os grandes mestres da poesia e da língua... e que procurem sempre olhar a natureza... respeitar a natureza! Não alimentar a coisa predatória... para não ficar como no meu haicai do sapo: ‘Predador perene / pula o sapo pipa e parte / o espelho do poço.’
Paulo Roberto Cecchetti é publicitário, poeta, editor, curador. Membro da Academia Niteroiense de Letras /ANL e da Associação Niteroiense de Escritores/ANE.




Sequencial de imagens da Expo





















Vídeo sobre Luís Antônio Pimentel









Leia a poesia do
poeta José Pais de Moura em homenagem
ao centenário



LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL
-- seu centenário –



O vento passa, passou, tanto destruiu,
não o Papa da literatura, fotografia...
Anos tantos, onde nasceu de lá saiu,
Niterói, - aqui estudou - inda sua moradia.

Tormentos já passados no longínquo Japão,
com afinco aprendeu haicais, do seu labor.
Sempre benévolo sempre abraço de união,
expondo suas fotos, dos versos... Professor!...

Memória que realça inda ativada,
humano, simplicidade enraizada.
O Papa que referi aqui presente!
Pimentel, baluarte, relicário...
Ao ídolo, salve, salve centenário!
Orgulho: Miracema, Niterói... Desta, sua gente.


29/março/1912
     
José Pais de Moura Simões




Belvedere Bruno e Angela Gemesio




As recepcionistas japonesas
Larissa Mitie yui e Nicia Tanaka 



Luis Antônio Barros, Carlos Rosa e Gracinda Rosa

Glória Blauth, Pimentel e Hana Hamalho



Tela pintada pelo saudoso Miguel Coelho
Luis Antonio Pimentel - Tuba
Alaôr Scisinio - Sax
Paulo Roberto Cecchetti - Bateria
Miguel Coelho - Piano





Pimentel escrevendo haicai para a acadêmica
Anna Tedeschi, uma relíquia

Anna Tedeschi recebe um haicai de Luis Antônio Pimentel

 Silvinha Junqueira e Luis Antônio Pimentel

Glória Blauth, Pimentel e Jenaina Presidente e
Secretaria da Bibilioteca de Niterói

Alberto Araújo - Mediador do Focus
e Luis Antônio Pimentel 

Luís Pimentel e a Artista Plástica Shirley Araújo 

Cecchetti e Glória Blauth
duas personalidades que Niterói tem orgulho,
seus trabalhos em prol a cultura fluminense
são incansáveis




O Trio Azymuth
animou o grande evento 

Azymuth é um trio brasileiro de diversas influências. Suas canções são "fusion" de forte personalidade em suas músicas. Fundado em 1970 no Rio de Janeiro.



Cecchetti, Sávio, Larissa, Pimentel e Nicia Tanaka



Lívia Malheiros (esposa do Alex da Azzimuth)
Tereza Melo - escritora e interprete
Beveldere Bruno - jornalista e escritora
Carlos Rosa, Shirley Araújo e Gracinda Rosa

Márcia Pessanha (presidente da ANL) e Pimentel 

Luiz Augusto e Márcia Erthal
Proprietários da Editora Nitpress
dois grandes incentivadores e apoiadores da cultura fluminense
acesse o blog: http://blog.nitpress.com.br/



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