15 de dezembro de 2011

NATAL DOS ESCRITORES AO AR LIVRO

NATAL DOS ESCRITORES AO AR LIVRO




Aconteceu dia 11 de dezembro de 2011, das 10 às 13 horas, o Natal dos Escritores Ao Ar Livro, a festa foi regada a muito vinho e pestiscos deliciosos, e contou com a presença de muitos escritores renomados fluminenses,  O Focus esteve presente e trouxe na íntegra todas as imagens das personalidades que estiveram naquele momento de confraternização.




Escritores ao Ar Livro

Este projeto foi inaugurado em 22 de junho de 2008, e conta com os escritores como Paulo Roberto Cecchetti (curador do evento),  Luís Antônio Pimentel, Sávio Soares de Sousa, Gracinda Rosa, Márcia Pessanha, Luiz Calheiros, José Arteiro, Alberto Araújo, Carlos Rosa, Sandro Rebel, Lêda Mendes Jorge, Bruno Pessanha, José Pais. E outros...








Renato Augusto - Escritor








Eugênio e Marcia Pessanha

José Pais e Cecchetti

Luiz Calheiros e Sandro Rebel

Aldo Pessanha

Alberto Araújo e Gracinda Rosa



A visitante Evelyn


A gôndola com livros e salgados

Luiz Calheiros e Márcia Pessanha

Mesa com os salgados


Márcia Pessanha, Pimentel, José Arteiro, José Pais, Aldo Pessanha Cecchetti, Gracinda Rosa Shirley Lopes, Manoel José, Luiz Calheiros, Carlos Rosa, Eugênio, Sávio Soares, Lêda Mendes Jorge, Luzia Veloso e Bruno Pessanha.

Manuel José e Luiz Calheiros

Aldo Pessanha, Luiz Calheiros, Gilson Rolim e Sávio Soares


Luis Antônio Pimentel marcando presença




Carlos Rosa e Alberto Araújo

José Pais e Alberto Araújo

Geraldo Caldas e Carlos Rosa

Cecchetti e José Pais

José Arteiro e Sandro Rebel


Denízia Sofia Romariz - Artista Plástico
e Dona Luiza - sogra Cecchetti

Franci Darigo e Roberto Preis

Papai Noel



José Pais e Cyana





Fernando Brevence e José Pais




Alberto Araújo



ESCRITORES AO AR LIVRO
Conheça este projeto. Você é um convidado especial!
E, boas leituras.
Local: Praça Getúlio Vargas,s/nº, Icaraí.
Horário: das 10 às 13 horas
Município: Niterói
Bairro: Icaraí


Alberto Araújo - Mediador do Focus


 
EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...

 


VALE A PENA REVER ESTA ENTREVISTA DO PAULO ROBERTO CECCHETTI
CURADOR DO ''ESCRITORES AO ARA LIVRO"


Entrevista dada ao Jornal LIG. Por Thatiana Cunha. Edição de Jornal Lig 1652 – 10 a 16/01/09

Paulo Roberto Cecchetti -

É incansável na luta pela qualidade cultural da nossa cidade. Poeta, letrista, curador e membro da Academia Niteroiense de Letras/ ANL (ocupa a cadeira 48 pertencente a Américo de Castro) é autor de 12 livros, o mais recente “Haicais Onomásticos”, com capa do artista plástico Rafael Vicente.

Em junho do ano passado, criou “Escritores ao Ar Livro” Um movimento literário que reúne importantes escritores de Niterói como Luís Antônio Pimentel, Cyana Leahy-Dios, Sávio Soares de Sousa, entre outros, todo domingo na Praça Getúlio Vargas, em Icaraí.
LIG: Quando começou a escrever? PRC: Comecei influenciado por um professor de português do Centro Educacional de Niterói.

Aos 18 anos, publiquei meu primeiro livro com prefácio de Gomes Filhos, criador do slogan “Niterói, cidade sorriso”. Daí para frente, fiz uma série de livros de poesias. Na época criei o “Folha Ofício”.

Eu ia aos bares com uma folha na mão oferecendo um livro que ainda não estava pronto. Pegava o nome e endereço das pessoas. Quando conseguia dinheiro suficiente para pagar os 50% da gráfica, mandava o convite para todas as pessoas que contribuíram para irem pegar seus livros.
Teve gente que se desculpou porque achava que aquilo era brincadeira. Levo muito a sério tudo que faço. Isso, com o tempo constrói sua credibilidade. Cheguei a fazer o “Folha Ofício” até o terceiro livro. Depois percebi que era hora de partir para um negócio mais comercial e resolvi pleitear no comércio.

O livro “Meu gato de nome Mário” todo ilustrado pelo saudoso Miguel Coelho, por exemplo, teve o custo todo pago dessa forma, então reverti à venda a Casa Maria de Magdala, uma instituição séria que cuida de pessoas portadoras do HIV.

LIG: Como é o momento que está escrevendo?

PRC: A minha inspiração é espontânea. A minha mãe sempre brincava comigo por causa disso. Se estava tomando banho, dirigindo ou dormindo, por exemplos, e vinha um bom texto na minha cabeça, corria para escrevê-lo. Porque quando a inspiração vem, você não pode perder o momento. Não tenho aquela coisa de programar um horário para escrever. A coisa flui naturalmente.

LIG: Mas pode acontecer de querer escrever e não conseguir?

PRC: Lógico, acontece. E para isso Drummond sempre dizia: escrever é cortar palavras. O primeiro texto que escrevo está impregnado, é emoção e inspiração. Então, o deixo um pouco de lado para depois burilá-lo.

LIG: Você tem alguma preferência: poesia, Haicai, prosa?

PRC: Não. No momento tenho feito muito Haicai que é a síntese da palavra. São apenas três versos com cinco, sete e cinco sílabas respectivamente. E é difícil de fazer. Quem me ensinou foi Pimentel (Luís Antônio) que morou um tempo no Japão e o trouxe para cá. O Haicai vem automaticamente, às vezes estou lendo um texto e vem a palavra que me interessa. Uma vez estava num restaurante e um senhor levava o garfo à boca, totalmente “desligado”; aí peguei um guardanapo e fiz um Haicai: “essa solidão/ a mesa em pleno almoço/ mastigar a vida”. Recentemente, Pimentel criou o livro “Haicais Onomásticos” onde ele usa nomes de pessoas. Aí comecei a brincar e lancei um também.

LIG: Fale um pouco desse seu último lançamento?

PRC: Fiz “Haicais Onomásticos” influenciado pelo Pimentel e resolvi lançá-lo no domingo de eleição. Muita gente me criticou por causa da data. Mas na minha cabeça as pessoas ficam mais tempo nas ruas nesse dia. E deu certo. Foi um sucesso de vendas, não só esse livro como os demais da banca.

LIG: Quem é seu maior escritor?

PRC: Mário Quintana quem eu tive a felicidade de conhecer. Para mim um grande escritor injustiçado porque teve a sua entrada na Academia Brasileira de Letras negada três vezes. Mario Quintana foi o primeiro a incentivar a garotada em Pato Fundo. Na época, uma feira modéstia que hoje é uma das maiores do Brasil.

LIG: Por falar em Academia, como está a Academia Niteroiense de Letras?

PRC: Em 2007, foi feita uma reforma porque o prédio estava praticamente caindo. Tivemos que jogar, lamentavelmente, muitos livros fora. Hoje, a Academia Niteroiense de Letras está em plena atividade fazendo uma série de eventos. Eu acho que a Academia não pode ficar só olhando para o próprio umbigo. Tem que sair para fazer contato com as pessoas A nossa idéia é torná-la visível ao público. Tinham pessoas que nem sabiam que ela existia. É importante trazer a pessoa para a leitura.

LIG: Como surgiu a idéia do movimento “Escritores ao Ar Livro”?

PRC: No Gragoatá existe um ponto de táxi chamado “Gragoa Táxi” e no Rio tem “Humaitá pra peixe”. Eu gosto dessa jogada e isso ficou martelando minha cabeça: vou fazer um movimento de praça ao ar livre, escritores ao ar livre, aí veio o nome: Escritores ao Ar Livro. As pessoas acharam interessante. Sinceramente, quando montei e convidei os escritores, cheguei a achar que não ia dar certo. Acreditei, acredito e continuo administrando. A idéia do movimento é desmitisficar, tirar essa idéia de que os escritores são inatingíveis. Eles ficam lá na praça autografando e conversando com os leitores. O movimento está crescendo muito e a cada dia chega novos escritores e não conseguimos dar vazão.
O “Escritores ao Ar Livro” existe desde junho, e acontece todo domingo que não chove, a partir das 10 da manhã. Os livros são vendidos a um preço mais acessível. Niterói tem muita gente boa escrevendo, a Associação Niteroiense de Escritores tem mais de 300 inscritos.




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