16 de agosto de 2012

PROJETO "DATAS SIGNIFICATIVAS" ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS HOMENAGEIA JORGE AMADO



Sessão de homenagem ao centenário de nascimento de Jorge Amado dentro do Projeto Datas Significativas da Academia Niteroiense de Letras aconteceu dia 08 de agosto, e teve como palestrante o professor e acadêmico Luiz Antônio Barros. Foi uma tarde-noite recheada de informações importantes, objetivando assim no caso, o destaque ao conhecimento sobre a vida e obras de um dos maiores escritores do Brasil.
No desenvolvimento dos trabalhos o palestrante mostrou uma série  de romances, fez leituras de alguns trechos detalhados de livros do escritor.
Na oportunidade  os participantes poderam interagir na construção da palestra, lendo fragmentos de textos de livros do escritor homenageado.




O Portal Focus esteve presente e trouxe as fotos para você. Confira.

Wanderlino T. Neto - Sec. da ANL
faz a leitura do expediente do dia

Márcia Maria Pessanha - Pres. da ANL
inicia os trabalhos

Luiz Antônio Barros - palestrante
momento do início da conferência

Franci Machado Darigo - Pres. IHGN
esteve presente ao evento

Wanderlino T. Neto
resgistrando os momentos do evento
para postar no site da academia

Luis Antônio Pimentel - escritor
ouve atento a conferência



Jorge Amado - escritor
Jorge Leal Amado de Faria – nasceu em Itabuna em 10 de agosto de 1912 — e faleceu em Salvador no dia 6 de agosto de 2001. Foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em Braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho, mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.



Plateia ouve atentamente o palestrante
(personalidades visiveis na foto)
Roberto S. Kahlmeyer, Luzia Velloso
Edel Costa, Antônio Soares, Gentil, Bruno Pessanha,
Eugênio Simões, Shirley Araújo, Alberto Araújo e outros...


André Santana - poeta
ouve atentamente o palestrante







Jorge Amado - escritor
Jorge Leal Amado de Faria – nasceu em Itabuna em 10 de agosto de 1912 — e faleceu em Salvador no dia 6 de agosto de 2001. Foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em Braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho, mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.

Biografia
Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado. Alguns biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na Fazenda Auricídia, à época município de Ilhéus. Mais tarde as terras da fazenda Auricídia ficaram no atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito ilheense de Pirangi. Entretanto, é certo que Jorge Amado foi registrado no povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.
No ano seguinte ao de seu nascimento, uma praga de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, que lhe serviu de inspiração para vários romances. Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado.
Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo.
Suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, viu o sofrimento dos que seguiam os cultos vindos da bela África, no Ceará viu protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor da emenda que garantia direitos autorais. Por outro lado votou com o (PCB) a favor da emenda nº 3.165, do deputado carioca Miguel Couto Filho, emenda que proibia a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência.
Ele Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, Paloma e Eulália.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou socorrido pelo Proer, controvertido programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus correntistas.
Crenças
Mesmo dizendo-se materialista, era simpatizante do candomblé, religião na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava. Amigos que Jorge Amado prezava no candomblé as mães-de-santo Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa Millet, Mãe Carmem e o pai-de-santo Luís da Muriçoca. Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do modernismo regionalista (segunda geração do modernismo).
Premiações:
Recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios: Prêmio Lênin da Paz (Moscou, 1951); Prêmio de Latinidade (Paris, 1971); Prêmio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prêmio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984); Prêmio Moinho, Itália (1984); Prêmio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986); Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscou (1989); Prêmio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prêmio Camões (1995).

No Brasil: Prêmio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prêmio Graça Aranha (1959); Prêmio Paula Brito (1959); Prêmio Jabuti (1959 e 1995); Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prêmio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prêmio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prêmio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prêmio Brasília de Literatura — Conjunto de obras (1982); Prêmio Moinho Santista de Literatura (1984); Prêmio BNB de Literatura (1985).
Traduções das obras:
Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais publicados em todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho: sua obra foi editada em 55 países, e vertida para 49 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, armênio, azeri, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em Braille), sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Academia Brasileira de Letras
Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência acadêmica, bem como para retratar os casos dos imortais da ABL, escreveu Farda, fardão, camisola de dormir, numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros, então.
Obras do autor:
 O País do Carnaval, romance (1930)
 Cacau, romance (1933)
 Suor, romance (1934)
 Jubiabá, romance (1935)
 Mar morto, romance (1936)
 Capitães da areia, romance (1937)
 A estrada do mar, poesia (1938)
 ABC de Castro Alves, biografia (1941)
 O cavaleiro da esperança, biografia (1942)
 Terras do Sem-Fim, romance (1943)
 São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
 Bahia de Todos os Santos, guia (1945),(Tradução francesa:"Bahia de tous les saints"),Gallimard,Paris,1979
 Seara vermelha, romance (1946)
 O amor do soldado, teatro (1947)
 O mundo da paz, viagens (1951)
 Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)
 Gabriela, cravo e canela, romance (1958)
 A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, romance (1961)
 Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)
 Os pastores da noite, romance (1964)
 O Compadre de Ogum,romance (1964)
 Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)
 Tenda dos milagres, romance (1969)
 Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972)
 O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta infanto-juvenil (1976)
 Tieta do Agreste, romance (1977)
 Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979)
 Do recente milagre dos pássaros, contos (1979)
 O menino grapiúna, memórias (1982)
 A bola e o goleiro, literatura infantil (1984)
 Tocaia grande, romance (1984)
 O sumiço da santa, romance (1988)
 Navegação de cabotagem, memórias (1992)
 A descoberta da América pelos turcos, romance (1994)
 O milagre dos pássaros , fábula (1997)
 Hora da Guerra, crônicas (2008).

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