1 de outubro de 2011

PALESTRA DE RENATO AUGUSTO F. DE CARVALHO NO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS

PALESTRA DE RENATO AUGUSTO FARIAS DE CARVALHO
 NO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS





CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS
Rua Lemos Cunha, 422
Niterói - RJ



Diretoria do CFHL

Presidente: Julio Vanni
Vice-Presidente: Márcia Maria de Jesus Pessanha
1º Secretário - Liane de Sousa Arêas
2º Secretário - Roberto Saraiva Kahlmeyer-Mertens
1º Tesoureiro - Edel Costa
2º Tesoureiro - José Inaldo Alonso

Diretor de Patrimônio e acervo Bibliográfico
Maria Elizabeth M do Valle Monteiro de Bastos

Conselho Fiscal
Franci machado Darigo
Geraldo Caldas

Suplentes
Leda Mendes Jorge
Hilda Pinto Rabelo
Ângela Gemesio


O Cenáculo Fluminense de História e Letras é hoje um dos legítimos representantes, ao lado de outras notáveis instituições acadêmicas nativas, da linhagem dos escritores que bebem do rio glorioso - o flúmen poético que embala os berços e oferecem inesgotáveis gerações de Moisés, literatos tirados de suas águas; fluminenses, por definição latina (flúmen = rio; fluminense = homem do rio), a perpetuar suas melhores tradições literárias e, com elas, solidificar nossa identidade regional.
À frente dos cenaculistas de hoje, que honram a valorosa obra de seus antepassados, estão Julio Vanni, Márcia Pessanha. Os alentados trabalhos tem posto o Cenáculo Fluminense na vanguarda do movimento literário, com iniciativas como a desta regular e anualmente esperada publicação. A eles e a todos aqueles que contribuem para perpetuar essa instituição que chega aos 88 anos como autêntico bastião cultural da terra fluminense.


...


Aconteceu dia 30 de setembro de 2011, a palestra de Renato Augusto Farias de Carvalho, que a dividiu em dois momentos. No primeiro, o tema foi Literatura, Linguagem, Linguística e Poesia. O palestrante falou que está com um projeto de um livro sobre os escritores e poetas atemporais, cujos nomes já estão sendo pesquisado, o que permitirá que ele possa nos oferecer um conteúdo bem diversificado sobre tão talentosas personalidades.
Renato deu ênfase aos conceituados escritores que provavelmente estarão nesse livro em preparo.  Dentre os eles estão Manoel Bandeira, Raquel de Queiroz, Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde), Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Horácio Pacheco, Cora Coralina, Eça de Queiroz, Alexandre Dumas, Almeida Garrett, Alaôr Eduardo Scisínio, Horácio Pacheco, e outros. O projeto é grandioso, e certamente quem ganhará serão os leitores que apreciam um bom livro.
O palestrante, no segundo momento, falou sobre Luiz José Junqueira Freire, que é seu patrono no Cenáculo Fluminense de História e Letras. Renato lembrou, ainda, que no mês de agosto passado, completou nove anos sua participação naquela entidade.





Luís José Junqueira Freire





Monge beneditino, sacerdote e poeta, nasceu na cidade de Salvador, no estado da Bahia, em 31 de dezembro de 1832, e faleceu na mesma cidade, em 24 de junho de 1855. É o patrono da Cadeira n. 25, por escolha do fundador Franklin Dória.

Era filho de José Vicente de Sá Freire e Felicidade Augusta Junqueira. Feitos os estudos primários e os de latim, de maneira irregular por motivo de saúde, matriculou-se em 1849 no Liceu Provincial, onde foi excelente aluno, grande ledor e já poeta. Por motivos familiares, ingressou na Ordem dos Beneditinos em 1851, aos 19 anos, sem vocação, professando no ano seguinte com o nome de Frei Luís de Santa Escolástica Junqueira Freire.

Na clausura do Mosteiro de São Bento de Salvador viveu amargurado, revoltado e arrependido por certo da decisão irrevogável que tomara. Mas ali pôde fazer suas leituras prediletas e escrever poesias, além de exercer atividade como professor. Em 1853 pediu a secularização, que lhe permitiria libertar-se da disciplina monástica, embora permanecendo sacerdote, por força dos votos perpétuos. Obtida a secularização no ano seguinte, recolheu-se à casa, onde redigiu a breve Autobiografia, em que manifesta um senso agudo de auto-análise. Ao mesmo tempo, cuidou da impressão de uma coletânea de versos, a que deu o nome de Inspirações do claustro, impressa na Bahia pouco antes de sua morte, aos 23 anos, motivada por moléstia cardíaca de que sofria desde a infância.

A sua obra poética enquadra-se na terceira fase do Romantismo, dita de ultra-romantismo. Na sua geração foi o mais ligado aos padrões do Neoclassicismo português, ele próprio sendo autor de um compêndio conservador, Elementos de retórica nacional, que explica a sua concepção de poesia como cadência medida e até certo ponto prosaica. A sua mensagem, como a dos românticos em geral, era complexa demais para caber na regularidade do sistema clássico. O drama que tencionava mostrar era o erro de vocação que o levou ao claustro, seguido da crise moral e do conflito interior que o levaram a abandoná-lo. Daí provieram os temas mais freqüentes da sua poesia, misturados a preces e blasfêmias: o horror ao celibato; o desejo reprimido que o perturbava e aguçava o sentimento de pecado; a revolta contra a regra, contra o mundo e contra si próprio; o remorso e, como conseqüência natural, a obsessão de morte. O poeta clama na sua cela e traz desordenadamente este tumulto ao leitor. Sua poesia, ora do cunho religioso, ora social, tem lugar relevante no Romantismo brasileiro. Possuía também um sentimento brasileiro, além de uma tendência antimonárquica, liberal e social.




Obras:

Inspirações do claustro (1855);
 Elementos de retórica nacional (1869);
Obras, edição crítica por Roberto Alvim, 3 vols. (1944);
Junqueira Freire, org. por Antonio Carlos Vilaça (Coleção Nossos Clássicos, n. 66);
Desespero na solidão, org. por Antonio Carlos Vilaça (1976);
Obra poética de Junqueira Freire (1970).




Poesias de Junqueira Freire




Teus Olhos
Que lindos olhos
Que estão em ti!
Tão lindos olhos
Eu nunca vi...

Pode haver belos
Mas não tais quais;
Não há no mundo
Quem tenha iguais.

São dois luzeiros,
São dois faróis:
Dois claros astros,
Dois vivos sóis.

Olhos que roubam
A luz de Deus:
Só estes olhos
Podem ser teus.

Olhos que falam
Ao coração:
Olhos que sabem
Dizer paixão.

Têm tal encanto
Os olhos teus!
— Quem pode mais?
Eles ou Deus?


Sonho

Era um bosque, um arvoredo,
Uma sagrada espessura,
— Mitológica pintura
Que o romantismo não faz.
Era um sítio tão formoso,
Que nem um pincel romano,
Nem Rubens, nem Ticiano
Copiariam assaz.

Ali pensei que sonhava
Com a donzela que me inspira,
Que põe-me nas mãos a lira,
Que põe-me o estro a ferver;
Que me acalenta em seu colo,
Que me beija a vasta crente,
Que me obriga a ser mais crente
No Deus que ela julga crer.

Sonhei com a visão dourada,
Que todo o poeta sonha,
— Idéia gentil, risonha,
Tão poucas vezes real!
Que só, com o peito abafado,
Se vai de noite em segredo
Contar no denso arvoredo
Ao cipreste sepulcral.

Mas, despertando do sonho,
Que aos homens não se revela,
Achei comigo a donzela,
Me apertando o coração,
E ainda presa a meus lábios,
Entre um riso, entre um gemido,
Murmurou-me ao pé do ouvido
— Que não era um sonho, não. —

E não mais, enquanto vivo,
Deixarei esta espessura,
— Mitológica pintura
Que o romantismo não faz.
Era um sítio tão formoso,
Que nem o pincel romano,
Nem Rubens, nem Ticiano
Copiariam assaz.


Soneto

Arda de raiva contra mim a intriga,
Morra de dor a inveja insaciável;
Destile seu veneno detestável
A vil calúnia, pérfida inimiga.

Una-se todo, em traiçoeira liga,
Contra mim só, o mundo miserável.
Alimente por mim ódio entranhável
O coração da terra que me abriga.

Sei rir-me da vaidade dos humanos;
Sei desprezar um nome não preciso;
Sei insultar uns cálculos insanos.

Durmo feliz sobre o suave riso
De uns lábios de mulher gentis, ufanos;
E o mais que os homens são, desprezo e piso.



 
 
 
 


A palestra reuniu personalidades do mundo literário niteroiense, músicos, simpatizantes. Foi uma tarde memorável e todos os presentes ficaram maravilhados diante de tantas informações culturais. O Focus esteve lá e trouxe as imagens e alguns trechos de assuntos falados na tal palestra.





Renato Augusto Farias de Carvalho
Palestrante




Renato Augusto Farias de Carvalho - Nasceu em Manaus/AM no dia 30 de junho de 1935. Em sua terra natal, estudou no Colégio Salesiano Dom Bosco. Na cidade do Rio de Janeiro/RJ, para onde se mudou em janeiro de 1952, continuou seus estudos no Colégio Andrews, tendo participado do Grêmio Acadêmico, que ajudou a fundar. No início de 1978, passou a residir em Niterói/RJ. Graduou-se em Letras (Língua e Literatura – Português/Francês) na então Faculdade de Humanidades Pedro II (FAHUPE). Pós-graduou-se em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas. Exerceu diversas funções e cargos na Previdência Social (Direção Geral – RJ), se aposentado em 1989. Publicou os seguintes livros: Porto de Ocasos (ficção/memórias. 1998. Editora Cromos), Poesia-do-que-eu-quis (poemas. 2002. Editora Cromos) e Vinho e Verso (poemas. 2005. Ed. Valer). Além de pertencer ao quadros da ANL, é membro do Cenáculo Fluminense de História e Letras e da Associação Niteroiense de Escritores. Entre as diversas medalhas já recebida, destacam-se a José Cândido de Carvalho (conferida pela Câmara Municipal de Niterói) e a do Mérito Cultural Belas Artes (conferida pala Associação Fluminense de Belas Artes). Participou como entrevistado, do projeto “Personalidades de Niterói”, iniciativa da Associação Atlética do Banco do Brasil – AABB/Niterói. Autor dos enredos carnavalescos “Jorge Amado – do País do Carnaval à Tieta do Agreste” (1978) e “E agora malandro? – Você ganhou a loteria!” (1979), desenvolvidos para Escolas de Samba de Niterói, e de monografia sobre o Clube da Madrugada (movimento cultural de escritores amazonenses nos anos 1950). Das muitas palestras proferidas, destacam-se: “Teatros do Brasil” (participação de Beatriz Chacon e Thuany Feu de Carvalho), “Fagundes Varela”, “Cora Coralina e Manoel de Barros (participação de Gracinda Rosa e Lena Jesus Ponte), “Xavier Placer, 50 anos de literatura”, “Adelino Magalhães, e o pré-modernismo”, “Cora Coralina e Florbela Espanca, um encontro tão possível”, “Articulação poética aproximando Luís Barcellar e Jorge Tufic” e “Lindalva Cruz e suas composições amazônicas”. É autor de contos e crônicas publicados em jornais e revistas e de alguns prefácios. Possui textos em antologias. Na Academia Niteroiense de Letras ocupa a cadeira nº 06.



Livro Vinho e Verso


Poesia de Renato Augusto F. Carvalho



Canção dissonante
Tenho guardadas as escassas
horas
e as visões solenes
de Coimbra, do Porto,
os desenhos peninsulares
e sopros do Tejo
nas veias ibéricas do norte.

Trago o fado
no ardente peito
faço-me inteiro
ternura
sina e
saudade.

Estou cercado de ti, Lisboa dos
meus presságios. Ergo daqui meu
vinho verde
- para ver-te -
bem ao pé da Baixa
e seguir a Belém; depois
Faro, Óbidos e Santarém.

Oculto-me em trapos e versos
para abraçar-te, incólume Portugal do sol
vespertino. E deito-me, no leito de alvas
pedras, no mar da Ericeira.


Vinho e verso. Manaus: Editora Valer, 2005, p. 29. Ilustração da capa: Miguel Coelho




O Palestrante fez comentários sobre livros, e recomenda aos leitores lerem os livros citados por ele, vejam a seguir alguns livros recomendados

O Texto Nu _ José Maria Pinto (Professor de Literatura Amazonense)


Ler o Mundo - Affonso Romano de Sant'anna


Affonso Romano de Sant'Anna

(Leia o que o autor Affonso Romano- fala em seu livro Ler o Mundo)

... Tudo é leitura. Tudo é decifração. Ou não.

 Ou não, porque nem sempre deciframos os sinais à nossa frente. Ainda agora os jornais estão repetindo, a propósito das recentes eleições, “que é preciso entender o recado das urnas”. Ou seja: as urnas falam, emitem mensagens. Cartola- o sambista- dizia “as rosas não falam, as rosas apenas exalam o perfume que roubam de ti”. Perfumes falam. E as urnas exalaram um cheiro estranho. O presidente diz que seu partido precisa tomar banho de “cheiro de povo”. E enquanto repousava nesses feriados e tomava banho em nossas águas, ele tirou várias fotos com cheiro de povo.

Paixão de ler. Ler a paixão.

Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos inconscientes pergaminhos sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa revelia .

 O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em forma de hieróglifo, dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?

 Quantas são as letras do alfabeto do corpo amado? Como soletrá-lo? Como sabê-lo na ponta da língua? Tem 24 letras? Quantas letras estranhas, estrangeiras nesse corpo? Como achar o ponto G na cartilha de um corpo? Quantas novas letras podem ser incorporadas nesta interminável e amorosa alfabetização? Movido pelo amor, pela paixão pode o corpo falar idiomas que antes desconhecia.

O médico até que se parece com o amante. Ele também lê o corpo. Vem daí a semiologia. Ciência da leitura dos sinais. Dos sintomas. Daí partiu Freud, para ler o interior, o invisível texto estampado no inconsciente. Então, os lacanianos todos se deliciaram jogando com as letras- a letra do corpo, o corpo da letra.

 Diz-se que Marx pretendeu ler o inconsciente da história e descobrir os mecanismos que nela estavam escritos/inscritos. Portanto, um economista também lê a sociedade. Os empresários e executivos, por sua vez, se acostumaram a falar de " qualidade total". Mas seria mais apropriado falar de "leitura total". Só uma leitura não parcial, não esquizofrênica do real pode nos ajudar na produtividade dos significados. Por isto, é legítimo e instigante falar não apenas de uma "leitura da economia" , mas de algo novo e provocador a "economia da leitura".

Não é só quem lê um livro, que lê.

Um paisagista lê a vida de maneira florida e sombreada. Fazer um jardim é reler o mundo, reordenar o texto natural. A paisagem, digamos, pode ter "sotaque", assim como tem sabor e cheiro. Por isto se fala de um jardim italiano, de um jardim francês, de um jardim inglês. E quando os jardineiros barrocos instalavam assombrosas grutas e jorros d’água entre seus canteiros estavam saudando as elipses do mistério nos extremos que são a pedra e a água, o movimento e a eternidade.



O urbanista e o arquiteto igualmente escrevem melhor ditos, inscrevem um texto na prancheta da realidade. Traçados de avenidas podem ser absolutistas, militaristas, e o risco das ruas pode ser democrático dando expressividade as comunidades.

 Tudo é texto. Tudo é narração.

 O astrônomo lê o céu, lê a epopéia das estrelas. Ora, direis, ouvir & ler estrelas. Que estórias sublimes, suculentas, na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopéias o geógrafo lê nas camadas acumuladas num simples terreno. Um desfile de carnaval, por exemplo, é um texto. Por isto se fala de “samba enredo”. Enredo além da história pátria referida. A disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão de frente são formas narrativas.

 Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber ler uma partida-este o mérito do locutor esportivo, na verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê coisas no texto em jogo, que só depois de lidas por ele, por nós são percebidas. Ler, então, é um jogo. Uma disputa, uma conquista de significados entre o texto e o leitor.


 - Dicionário da Escravidão - Alaôr Eduardo Scisino

Dicionário da escravidão - Alaôr Eduardo Scisino

Que  Por entre seus 2.000 verbetes, o leitor encontrará referências que vão do início do tráfico de escravos à abolição; da insubmissão às insurreições e quilombos (particularizando o de Palmares, com sua cronologia própria); das crenças ancestrais ao sincretismo religioso; das doenças à farmacopéia escrava e catimbó; dos usos, costumes e castigos à legislação; da culinária aos folguedos; da música às particularidades da alma inquebrável desses secularmente injustiçados construtores anônimos da riqueza nacional. Eles foram e são elemento preponderante no amálgama da nação brasileira.






Márcia Pessanha -Vice-Presidente do CFHL
Júlio Vanni - Presidente do CFHL
Leda Mendes Jorge - Presidente da ANE
Wanderlino Teixeira Netto - Secretária da ANL














Renato Augusto, recomenda o Livro
Miguel Coelho - Desenhos


Ana Maria Brandão - Pianista


É formada em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música e graduada em piano pela Escola de Música da UFRJ. Aperfeiçoou-se com o pianista e professor Arnaldo Estrella, no Conservatório Internacional de Paris (Profa Colette Lanssens), no Conservatório Tchaikowski de Moscou (Profa. Natalia Trulle) e, mais recentemente, com a pianista Linda Bustani.
 
Vem se apresentando em várias cidades brasileiras e teve oportunidade de tocar em Paris, Moscou e Lisboa.
 
Suas últimas apresentações incluem recital no Rio de Janeiro (Clube de Engenharia) pela séria Música no Museu, quando interpretou J S Bach, Pe. José Maurício, Carlos Gomes, F. Chopin, F. Liszt e Marlos Nobre, dentre outros, e no Teatro Municipal de Niterói, quando foi solista da Orquestra de Câmara tocando o concerto de J S Bach para piano e orquestra BWV 1055.
 
Seus próximos concertos, já agendados, serão recital no dia 30/10/2011, às 18:00 h, na F C Avatar, Rua Pereira Nunes, 141, Ingá, Niterói, e recital no dia 06/11/2011 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, às 11:30 h, juntamente com o oboísta norte-americano Kevin Vigneau, no Festival de Sopro do Rio de Janeiro promovido pela Música no Museu.
 
 

Renato proferindo a palestra



Paulo Roberto Cecchetti  e Eugênio


A escritora Dionilce Faria, ouvindo atentamente
a palestra


Roberto Kahlmeyer
(Mediador do Literatura -Vivencia
Escritora Beatriz Chacon









Escritor Carlos Rosa, esteve presente
na grande palestra



Marcia Pessanha e Leda Mendes Jorge
ambas cenaculistas


Eugênio
grande ativista cultural


Escritor Luiz Calheiros Cruz
e Roberto Kahlmeyer


Júlio Vanni -Vice-Presidente CFHL
Poeta Alberto Araújo



Músico Marco Aurélio e Júlio Vanni

Domênica Andreoli (Coordenadora
do Coral italiano, o mesmo
se apresentará dia 03 outubro de 2011
na Ponciúncula),
Ana Maria Brandão (Pianista),
Marco Aurélio Faria-(Músico)
o trio tem tudo a ver com música.





Escritor Wanderlino Teixeira Netto



Lêda Lemos Coelho
(esposa de Miguel Coelho)


Escritora Maria Helena Latini
Lançará dia 04 de Outubro de 2011
o livro Ângela e Antônio
na sala Carlos Couto - Teatro Municipal de Niterói
e dia 08 de Outubro na evento
"Um brinde à poesia"
da fotojornalista Lucília Dowslley
então não existe desculpas
de não participar,
vamos lá apreciar este
momento cultural


A escritora de Pequenos Amores
Gracinda Rosa, uma das  maiores escritoras
conceituadas fluminense


Escritor Paulo Roberto Cecchetti,
O mediador dos eventos
Escritores ao Ar Livro. Um dos
maiores incentivadores da cultura fluminense
que o FOCUS conhece






Poeta Alberto Araújo
(Mediador do FOCUS),
Júlio Vanni - Presidente do CFHL






EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...









Fontes:

-http://youpode.com.br/blog/todapalavra  
- Cenáculo Fluminense de História e Letras -
Revista 2010- Pela Editora Nitpress
- Academia Brasileira de Letras www.academia.org.br
- Academia Niteroiense de Letras  

***

Temor


Ao gozo, ao gozo, amiga. O chão que pisas
A cada instante te oferece à cova.
Pisemos devagar. Olhe que a terra
Não sinta o nosso peso.


Deitemo-nos aqui. Abre-me os braços.
Escondamo-nos um no seio do outro.
Não há de assim nos avistar a morte,
Ou morreremos juntos.

Não fales muito. Uma palavra basta
Murmurada, em segredo, ao pé do ouvido.
Nada, nada de voz, - nem um suspiro,
Nem um arfar mais forte.

Fala-me só com o revolver dos olhos.
Tenho-me afeito à inteligência deles.
Deixa-me os lábios teus, rubros de encanto.
Somente pra os meus beijos.

Ao gozo, ao gozo, amiga. O chão que pisas
A cada instante te oferece a cova.
Pisemos devagar. Olha que a terra
Não sinta o nosso peso.


A Poesia Temor, foi lida pelo o palestrante Renato Augusto F. Carvalho


2 comentários:

  1. Graças à Internet, acabo de conhecer este importante trabalho literário. Parabéns! Sou membro do Cenáculo Fluminense de História e Letras - CFHL, tendo, como vocês, editado um jornal on line durante 4 anos em Niterói, e criado a Confraria Virtual de Niterói. Todavia, tendo saído de Niterói, perdi contato, que agora vocês me proporcionam! Grato!
    Sebastião A.B. de Carvalho
    www.nitcult.com.br/escritores.htm

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  2. SOU NETO DE JOSE PINTO NAZARETH GOSTARIA DE TER ACESSO ALGUMA OBRA DELE
    francisconazareth.adv@gmail.com

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