20 de setembro de 2012

NAS VEREDAS DO AMOR CORTÊS - TEMA DA CONFERÊNCIA DA PROFA. LEONILA MURINELLY NA ANL


 
 
 
 
Dia 19 – quarta-feira
 
Ciclo de Palestras
Palestrante: Leonila Murinelly
“Nas veredas do amor cortês”
17h / gratuito
Sede da ANL
Rua Visconde do Uruguai, 456 – Centro.
 
 
 
 

Dra. Profa. Leonila Maria Murinelly Lima
Doutora em Literatura Comparada/UERJ; Mestre em Literatura Portuguesa/UFF; Practitioner em Programação Neurolinguística/Instituto Saber/SP.
 
Leda Mendes Jorge - Sec. ANL
momento em que lê o expediente do dia
 
plateia presente

 
 
A autora do livro "Amadis de Gaula entre as fendas da Cavalaria e do Amor cortês" a Profa. Dra. Leonila Murinelly, no dia 19 de setembro, proferiu um belíssimo discurso na Conferência "Nas veredas do amor cortês", dentro do projeto "Ciclo de Palestras" da Academia Niteroiense de Letras. Leonila encantou a todos os presentes, com sua habilidade e maestria em saber como conduzir a grandiosa conferência.


o que é amor cortês:
Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Ele surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI, e que se propagou nas várias que enalteciam o "Ideal cavaleiresco". Em sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e auto-disciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente".
A expressão "amor cortês" foi popularizado por Gaston Paris em 1883, e desde então tem caído sob uma ampla variedade de definições e usos, sendo mesmo descartado como uma ficção romântica do século XIX. Sua interpretação, origens e influência continuam a ser assunto de discussão.

 
 

 
Origens do "amor cortês"
A expressão amour courtois ("amor cortês"), foi dada em sua definição original por Gaston Paris em um artigo escrito em 1883, "Études sur les romans de la Table Ronde: Lancelot du Lac, II: Le conte de la charrette", um tratado onde ele analisa Lancelote, o Cavaleiro da Carreta (1177) de Chrétien de Troyes. O dito amour courtois de Paris era uma disciplina nobre e idealizadora. O amante (idealizador) aceita a independência de sua senhora e tenta fazer de si próprio merecedor dela, agindo de forma corajosa e honrada (nobre) e fazendo quaisquer feitos que ela deseje. A satisfação sexual, diz Paris, pode não ser um objetivo ou mesmo o resultado final, mas o amor não era inteiramente platônico, visto que era baseado em atração sexual.

Aldo Pessanha
ouve atentamente a conferência

Wanderlino T. Neto - Sec. da ANL

 
A expressão e a definição de Paris foram logo amplamente aceitas e adotadas. Em 1936, C.S. Lewis escreveu o influente The Allegory of Love, solidificando ainda mais o amor cortês como "amor de um tipo altamente especializado, cujas características podem ser enumeradas como Humildade, Cortesia, Adultério e a Religião do Amor".
 
Posteriormente, historiadores tais como D.W. Robertson na década de 1960 e John C. Moore e E. Talbot Donaldson nos anos 1970 foram críticos da expressão, considerando-a uma invenção moderna. Donaldson a chamava de "O Mito do Amor Cortês", porque não tinha suporte nos textos medievais. Todavia, mesmo que a expressão "amor cortês" apareça em apenas um dos poemas provençais remanescentes (como cortez amors numa poesia lírica de fins do século XII escrita por Peire d'Alvernhe), relaciona-se muito de perto com a expressão fin'amor ("gentil amor") a qual aparece frequentemente em provençal e francês, bem como em alemão, traduzida como hohe Minne. Em acréscimo, outros termos e frases associados com "cortesia" e "amor" são comuns através da Idade Média. Mesmo que Paris tenha utilizado uma expressão com pequena sustentação na literatura contemporânea, não era um neologismo e descrevia de forma prática uma concepção particular de amor e enfocava a cortesia, que era a sua essência.
 
 
 
 
Marcia Pessanha - Pres. da ANL
 
 
 
 
Alberto Araújo - editor do FOCUS
 

2 comentários:

  1. Alberto,

    Obrigada pelo carinho e pela preocupação em divulgar as artes e a cultura no seu Portal Cultural e por sua presença constante nos eventos.
    Eu tenho um livro para você, ainda não tive a chance de passar para as suas mãos, mas está guardado desde o lançamento.
    Grata por tudo,

    Leonila

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  2. Seu trabalho é fora de série e para mim é um deleite abrir seus e mails. Parabéns, Alberto. NO momento não estou em lugar nenhum, ando meio reclusa por força das circustâncias aqui em casa, mas vamos ver se ano que vem eu recomeço as atividades culturias.
    UM abraço
    Belvedere

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