22 de fevereiro de 2012

AS ESGANADAS - O RECENTE LIVRO DE JÔ SOARES



"AS ESGANADAS"

 O MAIS RECENTE LIVRO DE JÔ SOARES


Capa do Livro As esganadas livro de Jô Soares
pela editora Companhia Das Letras


Em As esganadas, o autor do best-seller O xangô de Baker Street explora mais uma vez tema que lhe é caro: os assassinatos em série. No entanto, tal como Alfred Hitchcock, que desprezava os romances policiais cujo objetivo se resume a descobrir quem é o criminoso (o famoso “whodonit”), Jô Soares revela logo no início não somente quem é o desalmado como sua motivação psicológica (melhor dizer psicanalítica) para matar.

O delicioso núcleo narrativo está nas tentativas aparvalhadas da polícia de encontrar um criminoso que, além de muito esperto e de não despertar suspeita nenhuma, possui uma rara característica física que dificulta sobremaneira a utilização dos novos “métodos científicos” da polícia carioca.

Para investigar os crimes, o famigerado chefe de polícia Filinto Müller designa um delegado ranzinza, assessorado por um auxiliar obtuso e medroso, e que contará com a inestimável ajuda de um sofisticado e culto ex-inspetor.

Na perseguição ao criminoso, os três investigadores ganham a desejável companhia de uma jovem linda, destemida, viajada e moderna, que é repórter e fotógrafa da principal revista ilustrada do país.

O leitor também pode se fartar com uma outra faceta constante da obra literária de Jô Soares: a escolha de um momento do passado para cenário de sua narrativa, o que lhe permite entrar em detalhes históricos curiosos enquanto desenvolve a trama. Desta vez, voltamos ao Rio de Janeiro do Estado Novo, tendo por pano de fundo mais amplo o avanço do nazismo e as primeiras nuvens ameaçadoras que anunciam a Segunda Guerra Mundial. Entre os eventos da época que Jô resgata estão uma corrida de automóveis no Circuito da Gávea (de que participam o cineasta Manoel de Oliveira e o lendário Chico Landi) e a transmissão pelo rádio da derrota do Brasil de Leônidas da Silva para a Itália na semifinal da Copa de 1938, na França.

Com a verve que lhe é característica, Jô consegue, neste As esganadas, realizar a façanha de narrar uma série de crimes brutais, com requintes inimagináveis de crueldade, e deixar o leitor com um sorriso satisfeito nos lábios.

Jô Soares

José Eugênio Soares (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938), mais conhecido como Jô Soares ou simplesmente Jô, é um humorista, apresentador de televisão, escritor, artista plástico, dramaturgo, diretor teatral, músico e ator brasileiro.

Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de casa Mercedes Leal, Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio São Bento do Rio de Janeiro e em Lausanne na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata o apontavam para outra direção.
Dono de um talento versátil, além de atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também é apreciador de jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM, no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1 Rio de Janeiro.
Entre 1959 e 1979, Jô Soares foi casado com a atriz Teresa Austregésilo. Com ela teve um filho: Rafael Soares (nascido em 1964). De 1980 a 1983, a atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova, foi sua esposa. Já namorou a atriz Mika Lins. Em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras Soares, de quem se separou em 1998. Atualmente os dois tem sido vistos juntos novamente. O apresentador admitiu sofrer de TOC. Em sua casa os quadros precisam estar tombados levemente para a direita. É sobrinho de Kanela, ex-técnico da seleção brasileira de basquete.
O apresentador fala, com diferentes níveis de desenvoltura, cinco idiomas estrangeiros: inglês, francês, italiano, alemão e espanhol. Traduziu edições de Barbarella do francês.


Livros publicados:
O astronauta sem regime, L&PM - 1985;
A copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar, Cia. das Letras - 1994;
O Xangô de Baker Street, Cia. das Letras - 1995;
O Homem que Matou Getúlio Vargas, Cia. das Letras - 1998;
 Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, Cia. das Letras - 2005;
As Esganadas, Cia. das Letras - 2011.

filmografia:
1954 - Rei do Movimento, de Victor Lima e Hélio Barroso
1956 - De Pernas pro Ar, de Victor Lima
1957 - Pé na Tábua, de Victor Lima com roteiro de Chico Anysio
1959 - Aí Vêm os Cadetes, de Luiz de Barros
1959 - O Homem do Sputnik, de Carlos Manga
1960 - Vai que É Mole, de J. B. Tanko
1960 - Tudo Legal, de Victor Lima
1965 - Pluft, o Fantasminha, de Romain Lesage a partir do texto teatral de Maria Clara Machado
1965 - Ceará contra 007, de Marcos Cesar
1968 - Hitler III Mundo, de José Agrippino di Paula
1968 - Papai Trapalhão, de Victor Lima
1969 - Agnaldo, Perigo à Vista (participação), de Reynaldo Paes de Barros
1969 - A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla
1971 - Nenê Bandalho, de Emílio Fontana a partir de uma curta história de Plínio Marcos
1973 - Amante muito Louca, de Denoy de Oliveira
1979 - Tangarela, a Tanga de Cristal, de Lula Campelo Torres
1976 - O Pai do Povo, com roteiro e direção de Jô Soares
1986 - Cidade Oculta, de Chico Botelho, com participação de Arrigo Barnabé
1995 - Sábado, roteiro e direção de Ugo Giorgetti
2001 - O Xangô de Baker Street, produção cinematográfica a partir do romance homônimo dele mesmo Jô Soares, com direção de Miguel Faria Júnior. O filme contou com as participações internacionais de Maria de Medeiros e Joaquim de Almeida.
2003 - Person, documentário de Marina Person
2004 - A Dona da História, a partir da peça teatral homônima de João Falcão com direção de Daniel Filho.



Editora:
Companhia das Letras
São Paulo - SP - Basil

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