7 de maio de 2012

A PROFESSORA E ACADÊMICA MANITA FOI HOMENAGEADA NO CENÁCULO

A PROFESSORA E ACADÊMICA MANITA
FOI HOMENAGEADA NO PAINEL DA SAUDADE
NO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS




Aconteceu no dia 27 de abril de 2012, às 16 horas, o Painel da Saudade no Cenáculo Fluminense de História e Letras,  e a grande homenageada do dia foi a professora e acadêmica Maria da Conceição Pires de Melo - A Manita, que partiu para ficar ao lado de nosso Pai Eterno e deixou bastante saudades a todos seus amigos e confrades, Manita era considerada uma personalidade da mais alta relevância por sua maneira de ser solidária com todos os seus semelhantes que a cercavam, foi uma pessoa muito importante na área educacional e na área literária, escreveu vários livros e deixou um legado bordado de carinho e afeto. A professora foi homenageada pelas escritoras Marcia Pessanha, Neide Barros, Franci Darigo e Marly Prates que declamaram  muitas de suas poesias. O Portal Focus esteve presente e trouxe as imagens do grandioso evento. Confira





MANITA — Maria da Conceição Pires de Mello (Niterói, RJ). Professora, educadora social, artista plástica.

Foi  participante das Academias: Fluminense, Niteroiense, Teresopolitana de Letras e de Letras do Brasil; Cenáculo Fluminense de História e Letras; Elos Clube de Niterói; Grupo Mônaco de Cultura e Clube de Literatura Cromos.

Premiada em dezenas de certames poéticos, inclusive em Angola. Laureada com a Ordem do Mérito de Araribóia, no grau de Comendador, títulos, medalhas e diplomas.

Publicou:
Retalhos de Minha Vida, 1963;
Degraus do Sonho, 1966;
Meu Amor, Meu Infinito, 1983;
Louvados, 1992;
Trovas de Manita, 1994.

Personalidade importante em várias antologias.
Participante da antologia "Água Escondida", de Neide Barros Rêgo





ENTARDECER DO SONHO

Manita

Amor,
Chega-te a mim,
Bem de mansinho:
Vem ouvir a canção das folhas secas,
Amareladas páginas do livro
Do outono, em rodopios nas calçadas.
Ainda sonolento, o mar descansa
Seu corpo azul na paz da areia branca,
Passeando carícias devagar...
Chega-te a mim, ouve a canção do mar!
Esconde-me em teus braços, ternamente,
Com teu corpo afugenta os meus cansaços,
Num longo beijo, deixa-me sonhar!

Sabes?
A voz do tempo vai tornando
Maduros os pisares nos relvados;
São saudades vivendo relembranças
No sempre dos momentos retornados;
São esperas antigas despertando
Mil promessas, mil gestos, mil segredos,
Mil coragens vencendo tantos medos...
Nós dois rezando as bem-aventuranças
Que um dia se chamaram solidão.
Sabes?
O nosso amor guarda certezas
Além do tempo e da imaginação.
Chega-te a mim, de manso, de mansinho,
Que o inverno já desponta no caminho;
E se há festa no mar, que é lua cheia,
Se o amor de outono é feito de ilusão,
Deixa que as ondas rolem sobre a areia,
Deixa que as folhas rolem pelo chão!
poesia de manita publicada na antologia Água Escondida página 163 de Neide Barros Rêgo




IMAGENS DO EVENTO



Julio Vanni
aqui iniciando os trabalhos

Franci Darigo, Marcia Pessanha e Julio Vanni


Franci Darigo
aqui homenageando Manita






Marcia Pessanha
lendo o poema de Manita
"Louvado Para a Rosa Rubra do Poente"
 este quadro é todo bordado
em ponto de cruz.



Neide Barros
aqui homenageando Manita


Marly Prates
leu poema de Manita


Hernani Geraldo de Oliveira Pinto
(filho de Manita)


Hernani muito emocionado
falou sobre sua mãe Manita





Hernani Geraldo Pinto(filho de Manita)
 e Alberto Araújo - mediador do Focus


Hernani Pinto e Franci Darigo

Nilde Barros, Marly Prates e Neide Barros

Julio Vanni e Hernani Pinto

Livros de MANITA
MARIA CONCEIÇÃO PIRES DE MELO (MANITA) nasceu em 1922 em Niterói. Professora e artista plástica. Publicou livros como: "Retalhos de Minha Vida"-poemas e "Degraus do Sonho"-trovas. Faleceu em Niterói, em 22 de junho de 2011.
LEIA TEXTOS/TROVAS DE MANITA
 
Com teu calor, vem e aquece
meu triste corpo vazio...
Vem, meu amor, que anoitece,
e estou tremendo de frio.
*** 
Tiradentes, firmes passos,
vai para a morte, com fé:
o corpo, rola aos pedaços,
os sonhos ficam de pé!...
***
Partilhaste, às escondidas,
de um amor, só de nós dois,     
sabendo que em nossas vidas
não haveria o “depois”...
***
Pelo que eu busco e não tenho,
pelo que eu tive e não quis,  
fecho os olhos e me empenho
em sonhar que sou feliz...
*** 
Do crepúsculo à alvorada,  
entre gorjeios dispersos,
o canto da passarada
é rima para os meus versos!
***
Amor de outono é profundo,
calado, intenso, tranquilo;
e não há forças no mundo
que consigam destruí-lo!
***
Quantas almas irmanadas
por sentimentos iguais,
têm que viver separadas
por convenções sociais!
 ***
Quando era pequenina,
brincava de esconde-esconde;
os meus sonhos de menina
a vida escondeu - mas onde?
 ***
Despedida... o adeus rolando
de nossas mãos, devagar;
e as nossas almas chorando,
sem se poder separar!
 ***
Tu sofreste de tal jeito...
Não sofri menos, bem vês...
Um sonho de amor, desfeito,
fere dois de cada vez.
 ***
Meu pensamento vagueia
num mar de angústia sem fim;
a tua ausência semeia
tristeza, dentro de mim.
*** 
Saudade - ausência dorida
nas cordas de um violão;
- a canção de minha vida
na vida de uma canção.

SEQUENCIAL DE LIVROS DE MANITA


O livro
Meu amor meu infinito

O livro
Trovas de Manita

O livro
Louvados


Hernani Pinto, Carlos Rosa e Franci Darigo

Franci Darigo com o casal José Conti
e Matilde Carone Conti

Alberto Araújo - mediador do FOCUS


EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...



Nenhum comentário:

Postar um comentário