18 de janeiro de 2012

UM BRINDE À POESIA - PELA PAZ E LIBERDADE DE SER

UM BRINDE À POESIA
PELA PAZ E LIBERDADE DE SER


Aconteceu dia 14 de janeiro de 2012  das 15:00 às 18:00 horas, mais uma edição de "Um Brinde à Poesia" no MAC - Niterói - RJ. O grande evento cultural é comandado por Lucília Dowslley, o cantor e compositor Fábio Pereira, e Artur Freitas (contador de histórias mirim), e foi recheado de atrações: musicais, perfomances poéticas e recitações de poesias distribuidas pelo grupo POEME-SE. O bom também desse grandioso evento é que o público pode levar um texto de qualquer autoria e pode ser lido na hora, após as apresentações é chagada a hora dos sorteios, são tantos brindes que a maioria dos presentes saem de lá contentes. E quem não gosta de receber um lindo presente!, no caso são livros e cd's, de autores fluminenses ou renomados nacionais. No final é servido um delicioso coquetel com vinho e petiscos. Um Brinde à Poesia é um evento que já está na estrada há 12 anos e todas as edições foram um sucesso. O Focus esteve presente e trouxe as imagens para você caro leitor. Confira as fotos.




Convite Janeiro/2012





Lucília Dowslley
apresentando o evento
"Um Brinde à Poesia"


Fábio Pereira cantor e músico do evento
apresentou uma composição própria



Artur Freitas
comanda a Canja Poética 

Canja Poética
para os não sabedores
é a vez do público mostrar
seu poema, sendo de autoria própria ou não




Rosangela Goldoni - poetisa e escritora
apresentou o texto de sua autoria

Alberto Araújo - Poeta e mediador do FOCUS
apresentou Corpo Nu - poema de sua autoria 



Corpo nu
 (pintura óleo sobre tela 100x 80 cm)





Uma tela exposta no quarto
é uma configurada micro odisseia
onde corredores
salas
têm reflexos – reflexos babélicos sons

Um ser em permeável contentamento
e distintas cores e planos triunfantes
decifram o segredo
do corpo angelical que dorme

flores se abrem
e se delimitam ao sorridente
astro-rei que logo nasce estrondosamente

no lado retangular superior direito
nas entrelinhas residem
galáxias e quasares

tintas, pincéis e pensamentos férteis
se aliam na coreógrafa tela concreta
e pelo avesso o pulsar – pulsado coração


flamboiã
cisne apunhalado lago
e líricas cítaras
veredam-se e percorrem
a aurora interminável
do corpo nu

e orvalho sereno
sobrevoa
no jardim ao lado

N.A – pensamentos e concentrações para a pintura da tua tela
©by Alberto Araújo
janeiro de 2012





 Naldo Velho - Poeta e escritor
apresentou poesia de sua autoria


Maria Helena Lattini
apresentou o texto
Damascos de sua autoria
poesia do livro Angela e Antônio









Lucília e Carla Soares com seus filhos

Carla lançou o "Um Brinde à Poesia" comigo, no dia 11 de junho de 1999 e interpretava maravilhosamente Fernando Pessoa, além dos meus poemas. Esteve ao meu lado em várias edições e mais do que uma parceira de palco e poesia; uma grande amiga.
diz: a apresentadora Lucília Dowslley.

Antônio José Gomes
interpretou poesias de Fernando Pessoa
mas a que marcou mais foi, o público ficou maravilhado



CÂNTICO NEGRO  - JOSÉ RÉGIO 



"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio - Poeta


José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Porto alegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador.

Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. Que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois o atingiu. Com o livro de estreia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.




Bruno Gomes da Silva - Ator mirim


 Bruno tem 10 anos e participa da Oficina de Teatro JESI ministrada por Lucília Dowslley, em Itaipu, Niterói. Na montagem feita em dezembro, Bruno se destacou representando Carlitos (Charles Chaplin) e aceitou o convite de participar da edição de janeiro, no MAC Niterói - Por sinal bela apresentação, foi um dos pontos auto do evento, momento de grande emoção para o público. O garoto interpretou divinamente o texto Smile - Sorria de Charles Chaplin.

Veja  abaixo o texto:  a tradução

Sorria
Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu,
Você conseguirá...

Se você sorrir
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...
Ilumine sua face com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, de que adianta chorar?
Você descobrirá que a vida ainda continua
Se você apenas...

Se você sorrir
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você verá que a vida continua
Se você apenas sorrir...

Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, de que adianta chorar?
Você descobrirá que a vida ainda continua
Se você apenas sorrir.


Charles Chaplin (Carlitos)




Charles Spencer Chaplin, KBE, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro de 1977), foi um ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. É bastante conhecido pelos seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.

Influenciado pelo trabalho dos antecessores - o comediante francês Max Linder, Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière - e compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi influenciado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão e influenciou uma enorme equipe de comediantes e cineastas como Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle, Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Johnny Deep, Michael Jackson, Harold Lloyd, Buster Keaton e outros diretores e comediantes. É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos, e um dos "pais do cinema", junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.

Charlie Chaplin atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin fundou a United Artists em 1919.

Seu principal e mais famoso personagem foi The Tramp, conhecido como Charlot na Europa e igualmente conhecido como Carlitos ou "O Vagabundo" no Brasil. Consiste em um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.

Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.

Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."

Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).





Cenário  do Poeme-se





POEME-SE


 O substantivo virou verbo,

Ganhou vida, mais beleza e graça.

Trocou a traça dos cadernos

Por pano, linha, cor,

Camiseta, estampa e saia.

Basta agora vestir

Palavra por palavra,

Ser poeta de novo

E fazer da vida o que sonhava!


visite o site: www.poemese.com 















Alguns textos do POEME-SE


"Sou o mesmo de outrora, embora cada dia
 mais firme como pedra rochosa" - Alberto Ativista

"Não fujas dos teus objetivos por causa de obstáculos,
pois os mesmos servem não para serem pulados,
mas para serem vencidos" - Jalbas Lustosa Filho








Rosângela Goldoni 

Naldo Velho 

Lucília Dowslley - Apresentadora 

O poeta e ator Bayard Tonelli
fez sua interpretação marcante
declamou poesias de sua autoria


BAYARD TONELLI - ATOR-DANÇARINO

Bayard Tonelli  - nasceu em Porto Alegre. Além de poeta, é ator e dançarino. Participou da fundação de um dos grupos mais irreverentes e transgressores dos anos 70, os Dzi Croquettes. Começou a escrever quando trabalhava como figurinista na Embaixada de Marte

Gaucho de Porto Alegre, estudante de Arquitetura, estreou no Teatro de Cordel nos anos 70, dirigido por Orlando Senna em São Paulo. Foii um dos fundadores do Grupo Dzi Croquettes, viajando pelo Brasil e Europa por nove anos e montando 3 espetáculos com o grupo. Produziu sete anos de moda em couro vestindo estrelas nacionais e estrangeiras na "Embaixada de Marte", exportando para Paris, Berlim e New York. Reiniciou no teatro em produções com Luis Carlos Ripper, engressando na Fundacen. Atuou em grandes musicais com Claudio Tovar, Ciro Barcelos, Miguel Falabella, Jorge Fernando, Nei Matogrosso e em diversos espetáculos premiados. No cinema tem aproximadamente 12 filmes entre documentários e ficção, produzidos no Brasil e na Europa. Hoje, além do teatro, trabalha na Funarte, no Programa Arte Sem Barreiras, voltado para o artista deficiente físico.
O ingresso na Poesia, deu-se quando Carlos Augusto Strazer o apresentou Rumi, o maior poeta sufi e islâmico do século XIII. Em seguida, Rogério Sganzerla o indica para um espetáculo de Helena Ignes, Cabaré Rimbaud uma temporada no Inferno, no qual levou poesias eróticas de Verlaine, que descobriu numa versão de 1948. Após o espetáculo apresentou as poesias com sucesso em bares e festas e logo começou a fazer Walt Whitman. O Tavinho Paes fez o convite para o Poematrix e os convites não pararam. Assim foi ampliando o repertório com Vinícius de Morais, Fernando Pessoa, Darci Ribeiro, Rimbaud, Tavinho Paes, até começar a apresentar as próprias poesias. Enriquecendo ainda mais o currículo do artista traz também inúmeros eventos de leitura de autores como Ferreira Gullar, Caio Andrade, Cruz e Souza, Olavo Bilac e muitos outros.
O livro Dzi"in'verso foi catalogado pela Biblioteca Nacional. Em Novembro de 2011 recebeu a Ordem ao Mérito Cultural pelo trabalho com os DZI...


 
Artur Freitas
aqui ele conta uma história infantil - Árabe

Sorteio de livros e cd's











Hora do brinde




 BORBOLETAS SANGRAM

Borboletas também sangram
Aos suaves talhos de
Ágeis e ásperas plumas
Deslizando ao comando
De artistas celestiais
Na busca cruel e incessante
Da beleza plena
Borboletas também sangram e sofrem
Nos campos de batalhas
Nos lares, escritórios
E ao se verem preteridas
Postas de lado por exuberantes
Lagartas oportunistas
Ao tomarem o centro do jardim
Borboletas também sangram, sofrem e choram...
Mágoas perdidas em desencantos
De dias fúteis
Voam em rotas feridas
No atrito de violentas paixões marginais
E se esvaem em atmosfera densa e poluída
Onde entraram inocentes e desprevenidas
Borboletas também sangram, sofrem, choram e se
desesperam...
A chicotadas de línguas ferinas a tentar
Diminuir seu esplendor e leveza
E desaparecem em lembranças varridas
Ao canto mais escuro do quarto
Embaixo do velho tapete persa
Puído por desinformadas e vorazes traças
Borboletas sangram
Sofrem choram
E se desesperam
Mas nunca cansam de voar




Alberto Araújo




EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...

3 comentários:

  1. Muito bonito seu blog, muito cultural, gostode passar aqui porque vejo tudo o que não tive a oportunidade de ver, parabens. Carlos Matias e Silva - Niterói - RJ

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  2. Querido poeta, obrigada pela sua presença no Um Brinde à Poesia e parabéns pelas fotos! Saudações poéticas! Brilha Luz!

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    1. Obrigado Caríssima Escritora e apresentadora de Um Brinde á Poesia, seus eventos são maravilhosos, abraços ALBERTO ARAÚJO

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