7 de outubro de 2011

PERFORMANCE POÉTICA DE ANDRÉ SANTANA NA ACADEMIA

PERFORMANCE POÉTICA DE ANDRÉ SANTANA
NA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS





Aconteceu dia 05 de outubro de 2011, às 17 horas na Academia Niteroiense de Letras,  a Performance poética de André Santana em torno do livro Fina flor, de sua autoria.




                                        Bico de pena - Miguel Coelho

Sede da Academia Niteroiense de Letras
Rua Visconde do Uruguai, 456 - Centro - Niterói - RJ

O evento foi divido em TRÊS momentos:
1 - Apresentação do cantor e compositor carioca
Pedrinho Oliveira, onde o artista apresentou um repertório
com canções belíssimas, acompanhado de seu inseparável violão.



Todas as músicas apresentadas de autoria
Pedrinho Oliveira


dentres as músicas tocadas destaques para:

- Casa própria
- Influências
- Nós
- Doida para dar amor
- Liberdade
- A paixão
- Infância
- Papo de inspiração ( Estou gamado nela)







2º momento - Performance do Ator e Poeta
André Santana




O secretário da Academia Niteroiense de Letras
Wanderlino Teixeira Netto,
aqui apresentando a todos os presentes
o ator e poeta André Santana


André Santana

poeta, ator premiadíssimo em festivais,
há anos que faz suas apresentações
em todos os lugares do país.

 Momento de alta emoção,
quando o poeta declama
Versos Íntimos-Augusto dos Anjos


***


Leia o poema



Versos Íntimos


Augusto dos Anjos





Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!


 Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos

Nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.

Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").

A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.
  







André Santana


Corpo de poeta


André Santana



Vivo no corpo de um poeta
e por onde ando
semeio
palavras de um poema
cuja poesia
é vida.





 
Outro momento de alta emoção, quando o ator
recita o poema Retrato de Cecília Meireles


Retrato


                                        Cecília Meireles



Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?




Cecília Meireles


Cecília Benevides de Carvalho Meirelles (Rio de Janeiro RJ 1901 - idem 1964). Poeta, cronista, educadora, ensaísta, tradutora e dramaturga. Seus três irmãos mais velhos morrem antes de ela nascer; seu pai, três meses antes de seu nascimento; e a mãe, antes de ela completar 3 anos. É criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides, natural dos Açores, Portugal.

Conclui o curso primário em 1910, na Escola Estácio de Sá, quando recebe das mãos do poeta Olavo Bilac (1865 -1918), então inspetor escolar do Distrito Federal, medalha de ouro por ter concluído o curso com "distinção e louvor".

Diplomando-se no curso normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, o magistério torna-se uma de suas paixões, levando-a a escrever para o público infantil, em livros didáticos, como Criança, Meu Amor, de 1924, ou em poemas, como Ou Isto ou Aquilo, de 1964.
Em 1922, casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias (1893 - 1935), com quem tem três filhas - a mais nova, Maria Fernanda (1928), torna-se atriz de teatro. De 1930 a 1933, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação, que resulta um livro póstumo de cinco volumes, Crônicas da Educação, e, em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Brasil, no Rio de Janeiro. Assina, em 1932, com os educadores Fernando de Azevedo (1894 - 1974), Anísio Teixeira (1900 - 1971), Afrânio Peixoto (1876 - 1947), entre outros, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, marco da renovação educacional do país.

Em 1935, seu marido se suicida. Cinco anos depois, Cecília casa-se com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo. Aposenta-se como diretora de escola em 1951, mas se mantém como produtora e redatora de programas culturais da Rádio MEC, que são reunidos postumamente no livro Ilusões da Vida, de 1976. Embora tenha estreado aos 18 anos, com o livro de sonetos Espectros, em 1919, somente com Viagem, de 1939, vencedor do Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras - ABL, encontra seu estilo definitivo. Mesmo considerada uma poeta filiada ao modernismo, seus caminhos estéticos estão mais ligados à evolução pessoal que a movimentos.







Prof. Salvador Mata e Silva


Escritora Edel Costa e o amigo Eugênio


***

3º Momento - Lançamento do livro

Fina flor - André Santana



Fina Flor
Livro de André Santana



André Santana
autografando o livro para a escritora
Edel Costa



André Santana
autografando o livro
para o ativista cultural
Eugênio



 

André Santana
autografando o livro para o Prof.
Salvador Mata e Silva




André Santana
autografando o livro para o poeta
ALBERTO ARAÚJO


Dr. Jorge Loretti
Vice-Presidente
Academia Niteroiense de Letras



Poeta Alberto Araújo
(mediador do FOCUS)
e André Santana


Dr. Jorge Loretti e André Santana





André Santana
autografando o livro para o escritor
Wanderlino Teixeira Netto



André Santana
autografando o livro para o escritor
Renato Augusto Faria



EU ESTIVE LÁ E CLIQUEI TUDO...


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André Santana
O Portal FOCUS
deseja a você muitos S U C E S S O S
em sua carreira profissional,
e agradece a sua gentileza e consentimento
pela esta brilhante matéria.



contato com André Santana pelo e-mail




Um comentário:

  1. Meu amigo Alberto Araújo, somente agora estou vendo essa belíssima postagem sobre o lançamento do meu livro na ANL.
    OBRIGADÃO, meu amigo!
    Você havia me dito sobre a postagem, mas eu não tinha visto.
    ANDRÉ SANTANA 9postei como anônimo por não ter conta.
    Axé!!

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