“Diário em Niterói” prima por relatos autobiográficos numa cidade em constante mutação. É isso que mostra o livro de Alex Frechette, que a habita em Niterói desde o seu nascimento e oferece uma viagem ao passado numa essencial dimensão humana mesclando histórias oficiais da Cidade Sorriso entrelaçando-as com suas vivências mais íntimas. Diário em Niterói faz parte da série de diários de Alex Frechette onde alguns se apresentam por meio de desenho, outros de vídeo, outros de músicas, poesias, contos e também relatos de memórias como os deste livro escrito em exatos 50 dias e que se apresentaram primeiramente no blog da internet de mesmo nome no período de 17 de janeiro a 7 de março de 2011.
Cada capítulo corresponde a um lugar icônico da cidade e que as vezes se detém numa rua, num bairro ou mesmo numa instituição que tenha marcado o autor em sua infância e adolescência e que conta com uma fotografia do dia em que ele foi escrito, denotando o carácter documental e ao mesmo histórico do livro.
Alex Frechette é morador da cidade desde que nasceu em fevereiro de 1978 e durante 50 dias escreveu e fotografou as imagens contidas nesse blog contando suas memórias, dividindo-as por regiões. O diário em Niterói faz parte de sua série de múltiplos diários.
O livro foi escrito em exatos cinquenta dias. Descrevi minhas experiências na cidade de 17 de janeiro de 2011, quando escrevi o texto sobre a avenida Amaral Peixoto a 7 de março quando foi feito o epílogo do livro. Os textos apresentam-se aqui conforme sua primeira publicação na internet no blog de mesmo nome.Ele faz parte de uma série minha de diários onde alguns se apresentam em forma de desenhos, outros de vídeos, ainda outros de músicas e, neste caso específico, sob a linguagem escrita com relatos, experiências, memórias na cidade de Niterói-RJ. Não houve um critério especial para a ordem dos textos, eles foram surgindo conforme fui vagarosamente forçando a gaveta das lembranças e para isso as fotografias e o percurso que tive que fazer para tirá-las tiveram papel essencial. Normalmente escrevia a noite quando já havia passado o dia anotando as coisas que recordava num caderninho, às vezes focando-me apenas em uma rua, uma instituição ou um bairro inteiro. Utilizei-me então dessas minhas experiências pregressas e pesquisas nos sites Wickpedia e da prefeitura de Niterói.
Talvez tenha subvertido um pouco o sentido das memórias apresentando-as aos trinta e três anos quando convencionalmente deveria publicá-las apenas em idade mais avançada. Entretanto, apesar da limitada experiência, não pude deixar de ignorar o chamado que a ideia me fez: precisava ecoá-la para que talvez outras pessoas também o fizessem, traduzissem também sob sua visão o horizonte cotidiano para uma mais próspera, vívida, enfim humana, paisagem niteroiense.
Diário em Niterói faz parte da série de diários de Alex Frechette e traz o relato de suas experiências na cidade mesclando informações oficiais com outras essencialmente pessoais escritas durante cinquenta dias, mais especificamente do período de 17 de janeiro a 7 de março de 2011. O objetivo foi traduzir sob sua visão todo o horizonte cotidiano de uma vida em Niterói, local que habita desde o seu nascimento e o resultado é uma viagem ao passado que traz uma dimensão outra essencialmente humana a uma cidade cada vez mais crescente.
Alex Frechette tem seu trabalho recente voltado para o formato de diário. São diários de desenhos, de viagens, diários em vídeo, documentais, musicais e até mesmo em seu formato convencional, com textos pessoais com impressões do que o rodeia. É professor de artes em Niterói e no Rio de Janeiro e escreveu os livros “Átimo”, “Catraca” e “7 milhões de libras esterlinas” além de fazer parte da banda “Cartas à Julie-Marie”.
“-Talvez tenha subvertido um pouco o sentido das memórias apresentando-as aos trinta e três anos quando convencionalmente deveria publicá-las apenas em idade mais avançada”- diz Frechette, “-Entretanto, apesar da limitada experiência, não pude deixar de ignorar ao chamado que a ideia me fez: precisava ecoá-la para que talvez outras pessoas também o fizessem, traduzissem também sob sua visão o horizonte cotidiano para uma mais próspera, enfim vívida paisagem niteroiense”. O objetivo do livro foi então traduzir sob sua visão todo o horizonte diário de uma vida em Niterói, e o resultado é uma viagem agradável ao passado que traz uma cidade encantada na visão de um menino.
“Diário em Niterói”- Alex Frechette
Edição do Autor- 205 p. 2012
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